Análise: passivo e incapaz de se reinventar, Palmeiras preocupa em Campinas

17/4/2017 07:59

Análise: passivo e incapaz de se reinventar, Palmeiras preocupa em Campinas

Derrota de 3 a 0 para a Ponte Preta mostra problemas incompatíveis com o elenco que o clube montou. Atletas aceitam marcação e dão liberdade ao adversário

Análise: passivo e incapaz de se reinventar, Palmeiras preocupa em Campinas

No segundo gol da Ponte, quando Pottker aciona Lucca, jogadores de meio estão distantes da jogada. Defesa está exposta (Foto: GloboEsporte.com)



Aos 33 minutos do primeiro tempo, já perdendo por 2 a 0, o Palmeiras viu Clayson receber pelo meio, passear gramado afora com a bola por quase dez segundos, dar seis tapinhas nela com o pé direito, sem jamais ser importunado, e então lançar para Jeferson na direita. Era o nascedouro do terceiro gol da Ponte Preta – que ainda teve tropeção de Zé Roberto para fechar o lance como ilustração perfeita do que foi o Palmeiras neste domingo: um time passivo tropeçando nas próprias pernas.



O Palmeiras em Campinas foi avesso àquele que insistiu até os 54 do segundo tempo para arrancar uma vitória sobre o Peñarol menos de quatro dias antes. Foi a campo para jogar amistoso contra um time que decidia Copa do Mundo. Quando viu, estava atropelado.



A passividade foi um ponto central da derrota – admitida pelos jogadores e pelo treinador. E é uma tentação determinar que foi por causa dela que o Palmeiras perdeu. Mas diagnosticar isso é diagnosticar pouco.



O Palmeiras também foi desordenado, pouco criativo e incapaz de modificar o panorama do jogo. Atletas e comandante foram mal. E o 3 a 0 se explica pelo casamento dessas falhas com um ponto soberano: a Ponte jogou muito.





Palmeiras do primeiro tempo no jogo contra a Ponte Preta neste domingo em Campinas (Foto: GloboEsporte.com)



O Palmeiras foi a campo com a mesma equipe do duelo com o Peñarol – com a exceção do retorno de Jean na lateral direita. O desenho do meio foi parecido: Felipe Melo atrás, com quatro jogadores entre ele e Borja – Willian aberto pela direita, Dudu espetado na esquerda, Tchê Tchê e Guerra mais centralizados.



Willian, porém, se libertava mais para investidas ofensivas – ou por orientação do treinador, ou por cacoete de atacante. Do alinhamento desse meio é que sai a base do Palmeiras: eles precisam estar coordenados para encurtar espaços, ligados para ocupar o campo, solidários para fazer movimentos em bloco. E nada disso aconteceu em Campinas.



O primeiro gol já mostrou os problemas. Com menos de 50 segundos, a Ponte bombardeou Fernando Prass com três chutes até fazer o gol. No último, o que resultou no desvio fatal de William Pottker, Tchê Tchê não acompanhou Jeferson. Ele vinha correndo, mas desistiu já na primeira conclusão. Se tivesse mantido a perseguição, poderia ter evitado o gol.



Logo depois, aos sete minutos, a Ponte ampliou. Em saída rápida de contra-ataque, Pottker venceu carrinho de Edu Dracena e acionou Lucca entre três marcadores – Jean, Mina e Zé Roberto. Foi enorme mérito do goleador da Ponte. Mas é interessante observar que nenhum jogador de meio-campo do Palmeiras ficou em condições de bloquear a jogada. Eles viram as ações de longe. E a defesa ficou exposta à velocidade da Ponte.



Com 2 a 0 contra, o Palmeiras precisaria criar, e aí se viu outro problema. O time foi quadrado, careta. Jogadores de grande mobilidade, como Dudu e Tchê Tchê, não conseguiram se locomover para envolver a marcação adversária. Caíram na rede da Ponte e ficaram ali, absortos. E o próprio Palmeiras não fez o mesmo com a Ponte – como demonstraria o terceiro gol.

No intervalo, Eduardo Baptista tentou agir. Mandou Michel Bastos a campo no lugar de Guerra e modificou a forma de o time jogar: Willian foi de vez para o ataque, ao lado de Borja, e Tchê Tchê recuou para não deixar Felipe Melo sozinho. Michel Bastos e Dudu ficaram mais responsáveis pela criação - inclusive invertendo lados.





Palmeiras no começo do segundo tempo: Tchê Tchê recua, Willian avança, Dudu e Michel variam lados (Foto: GloboEsporte.com)



O Palmeiras adiantou seu posicionamento, ocupou o campo ofensivo e melhorou um pouco. Tornou-se mais seguro, mas seguiu frágil no ataque. Ou seja: a troca não foi suficiente para uma mudança de panorama.

E aí cabia ao treinador tentar nova cartada. Mas a aposta de Eduardo Baptista foi conservadora: trocou um centroavante por outro – Borja por Alecsandro. Róger Guedes, sua melhor alternativa no banco, só foi a campo aos 25 do segundo tempo – no lugar de Willian. Também não conseguiu produzir.



A arbitragem ainda ignorou um pênalti claro a favor da Ponte (de Prass em Pottker). A derrota poderia ter ficado ainda mais feia.

Do mosaico de preocupações que o jogo deixou para os palmeirenses, a mais importante é a incapacidade de se reinventar na partida. O clube deu ao treinador jogadores de sobra para criar uma rede de alternativas para momentos de dificuldade. E ele escalou atletas capazes disso: de se movimentar, de desarrumar defesas, de sair do básico.

Mas não foi o que eles fizeram contra a Ponte. Foram passivos em comportamento, mas também em capacidade tática.



Mereceram a derrota – assim como haviam merecido a vitória sobre o Peñarol.



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Acima de todos os erros, não respeitaram a Ponte....vergonhoso!

A reportagem disse tudo, só faltou dizer estamos f. . . . . Reverter esse quadro é missão quase impossível. Descruza os braços Eduardo Baptista tenha atitude, escale quem está jogando melhor. Nome não se escala. Temos um bando que precisa de banco. A Crefisa não investiu tanto dinheiro para ver esse fiasco. Nós torcedores sempre apoiamos, casa sempre cheia. Chegou a hora de mostrar quem somos e pra que viemos. Não queremos somente a vitória, queremos sim a classificação, ou não ?

Gente vcs nao estao vendo que o maior culpado pela derrota foi o EB pois disse que so iria escalar quem estivesse melhor, e o que ele fez escalou Jean voltando do DM e ainda faz merda escalando ZRoberto somente pelo nome pois sao varios gols tomados pela costa dele. Tecnico tem que cumprir a palavra dada ao elenco senao perde a confiança do grupo. E os jogadores demostraram que tbm sao mercenarios trairas pois recebem em dia e muito pelos serviços que deveriam mostrar.

esse treinador e fraco ele tem q tira o zé e o William do time.

O Palmeiras não tem meio de campo. ou Borja ou William

temos que apoiar na vitoria e na derrota
perdemos e perdemos feio mesmo,mas o jogo só acaba quando o juiz apitar.
ninguém ganha jogo fora de campo.

se jogar esse futebolzinho não vai ganhar nada,tem que jogar com raça e sangue no olho,levamos 3,temos condições de fazer 3ou 4.
então pra cima deles Verdão.

tecnico ateh q falta.. mas faltou mais eh vergonha na cara !!
Mas vamos apoiar ateh o fim .... dai.poderemos tirar conclusoes mais concretas

vai perder o outro jogo também.

acho q Rafa Marques poderia atuar no lugar do Borja no proximo jogo.

que decpcao nao justifica

falta de avisar não foi, vejam bem onde o palmeiras tá levando os gol todos encima do zé Roberto, ele não pode entrar jogando já cansei de falar isso fora o pênalti q o juiz não deu foi por causa dele q o prazo teve q cometer.

já falei esse técnico é fraco não engana ninguém,Luxa ja

Ele não entraram focado no jogo dai está goleada o Palmeiras não pode levar de 03 da Ponte pelo o time que tem é uma vergonha acho que falta técnico

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