Duelo de empresários de jogadores do Palmeiras tem acusação de aliciamentos e ação na Justiça

Informação é do site da ESPN Brasil

Na briga pelo título do Campeonato Paulista e com um dos elencos mais caros do Brasil, o Palmeiras vê uma disputa de empresários de seus jogadores. Como recentes imbróglios envolvendo agentes e atletas do clube, com direito a carro para promessa, acusações de aliciamentos e até ação na Justiça.



No centro da polêmica está o meia Vitinho, promessa de 18 anos que vem treinando entre os profissionais do Palmeiras.



O agente Léo Pereira, da Prime, diz que é empresário do jogador há muitos anos. E acusou à reportagem vários aliciamentos ao jogador, sem citar nomes.



"Sei que tem muita gente indo atrás dele (Vitinho) e podem até estar desvirtuando a cabeça dele. O menino é novo, trabalho com ele desde os 15 anos, sei que tem umas 200 pessoas indo em cima dele, sei que tem gente se dizendo empresário dele. Os caras querem achar que passam os outros para trás assim, o problema é deles. Isso (aliciamento) tem acontecido, como acontece com vários outros na base. Iludem, dão isso e aquilo. Mas nosso contrato na CBF é com exclusividade e o registro dele é com a gente", disse o empresário Léo Pereira ao ESPN.com.br.



"As propostas do exterior estão vindo, aí todo mundo quer ficar rico da noite para o dia. É isso aí que fazem (dão carros). É o caminho. Mas tem uns que iludem a cabeça do menino, que é novo. E aí, quando faz o negócio, vê quem é quem. Tenho dois anos de direitos exclusivos sobre qualquer negociação feita com ele, seja do Palmeiras, seja renovação contratual. No período, se alguém fizer alguma coisa, o agente do Vitinho é a minha empresa. Ele pode assinar o que for, mas judicialmente vamos receber o que tem. Somos registrados na CBF, pagamos uma taxa para pelo menos ter essas garantias, com os direitos exclusivos de representação", continuou.



A confusão fica ainda maior porque a reportagem confirmou a informação de que o agente Nick Arcuri também tem contrato com Vitinho e responde como empresário do jogador.



Após ser questionado sobre o fato, Léo Pereira afirmou: "O (representante) legal não são eles. Se ele assinou qualquer coisa com ele (Nick Arcuri), a Justiça depois verá. Quem tem contrato com ele sou eu", disse. "Para ele (Vitinho) ter assinado qualquer coisa, alguém deve ter dado dinheiro para ele. O jogador tem cinco procuradores, mas eu tenho contrato e sei os direitos que tenho. Se quis assinar com A, B ou C o problema é dele", acrescentou.



Arcuri também tem seu nome envolvido, mesmo que indiretamente, em meio a outra briga de empresários no clube, dessa vez com relação ao volante Tchê Tchê.



Em setembro do ano passado, o atleta foi acionado no Poder Judiciário pelo seu ex-agente Christiano Lamardo, que cobra R$ 18,6 mil do jogador que chegou ao Palmeiras em 2016.



No processo, o agente - que está na Justiça por meio da empresa C.S.Lamardo e Silva - avisa que firmou contrato com Tchê Tchê em janeiro de 2014 com validade de dois anos, em que o atleta devia ceder 10% de toda sua receita, desde que superior a R$ 10 mil mensal. E cobra as remunerações do jogador no período em que defendeu a Ponte Preta.



O processo foi aberto no fim do ano passado, já quando Tchê Tchê defendia o Palmeiras. Pouco antes, o jogador encerrou a parceria com Christiano e escolheu o trabalho de Nick Arcuri, que também tem entre seus clientes o volante Jucilei, do São Paulo, e trabalhava com Léo Jabá, do Corinthians, hoje com o empresário Fernando Garcia.



Christiano foi procurado para comentar a ação, mas preferiu não fazer nenhuma declaração. Nick Arcuri também disse que não vai se manifestar.



Via assessoria de imprensa do Palmeiras, Vitinho foi questionado sobre as informações acima, mas não quis comentar. Tchê Tchê foi outro que não quis falar com a reportagem.



Já o Palmeiras entende que não deve ter influência nessa questão, uma vez que os atletas têm o direito a trabalhar com quem quiserem. Na visão do clube, esse é um assunto pertinente a cada jogador individualmente.