12/5/2017 15:43

De Cuca à força da torcida: o que esperar do Palmeiras no Brasileirão?

Cucabol, título brasileiro, Dudu capitão, Jesus europeu, estádio lotado e o cheirinho eterno. E agora, o que o Brasileirão 2017 nos reseva?

(4-1-4-1: Eduardo Baptista)



Começo conturbado de temporada que não podemos resumir em “má campanha”, mas, pelo esperado do elenco mais caro do Brasil, estávamos bem abaixo. Jogos sofridos, resultados conquistados no último minuto de jogo, queda de rendimento dos jogadores importantes e falta de padrão de jogo. Sem jogadas ensaiadas e muitas falhas na defesa, vimos um Palmeiras sem estratégia, o que rendeu a demissão de Eduardo Baptista.

(Palmeiras 2016: Cuca)



Diferentemente de 2016, Cuca (re)assume o Palmeiras em uma situação muito mais confortável: time praticamente classificado para fase mata-mata da Libertadores, oitavas da Copa do Brasil, base do elenco praticamente idêntica ao time que fez campeão, jogadores superiores aos substituídos pela diretoria e alforria de ídolo para trabalhar. De grande perda do ano passado, podemos colocar Gabriel Jesus e Moisés (o coringa de Cuca e realizador do Cucabol), o que não significa que a equipe esteja mais fraca por isso.

(Opção de formação para 2017)



Possíveis opções de Cuca: queria deixar claro que não acredito que o Michel Bastos se torne o lateral esquerdo do Palmeiras. Cuca trabalha com a marcação individual e o seu posicionamento defensivo melhora o desempenho do Zé Roberto em campo, já que sempre tem mais de um jogador fazendo cobertura das jogadas.



O camisa 15 está como opção por ser algo que a torcida tem apontado e pedido.



(4-3-3): Roger Guedes é um jogador bem visto pelo Cuca e acredito que exista a opção de ter a titularidade, fazendo com que Borja e Willian disputem a posição, mas eu sou a favor dos dois jogarem juntos (Willian aberto).

(Opção de formação para 2017)



(4-2-3-1): a existência do “ou” é porque o Cuca trabalha com um grupo de titulares e joga com quem está melhor. Provavelmente nenhum desses nomes tem a certeza da reserva.



Palmeiras tem um elenco muito forte - ponto importante para um campeonato longo, alinhado ao calendário exaustivo do Brasil. Se o time estiver encaixado e jogando bem, a crença na briga pelo título se torna muito maior em relação aos outros campeonatos.



DESTAQUES



Quem já mostrou que vai brilhar em 2017?

Guerra, Michel Bastos, Mina, Felipe Melo



APOSTAS



As grandes esperanças que podem fazer diferença ao deixarem de ser apostas e tornarem-se realidades.

Borja, Keno, Raphael Veiga



TALISMÃ



Entrou, é gol!

Willian Bigode



INCONTESTÁVEL



Capitão absoluto, desequilibra qualquer jogo. A 7 e a faixa pro monstro.

Dudu



DE OLHO EM



Já deram primeiros sinais de um futuro promissor. Será?

Antônio Carlos e Hyoran



Golaço ou bola fora?



Gabriel x Felipe Melo



Gabriel teve um grande início com a camisa do Palmeiras, conquistou a vaga de titular, colocou Arouca no banco e se apresentou quase como um prodígio no meio campo. Em 2015, fez partidas suficientemente boas para ser a justificativa pra queda de rendimento da equipe em sua ausência, chegando a ser xodó da torcida do Palmeiras. Em sua volta, notamos que o tempo de bola já não era mais o mesmo e que, muitas vezes, Thiago Santos se apresentava como uma melhor opção no quesito marcação. É inquestionável que no elenco atual ele seria banco.



Hoje o Felipe Melo é o melhor primeiro volante do Brasil. Fora o senso de posicionamento e tempo de bola impecável, o jogador abusa das bolas longas com uma categoria de dar inveja. Experiência internacional, regularidade, bom físico e a pitada de folclore que a torcida pede para continuar vivendo o “futebol raiz”.



Golaço do Palmeiras



Cleiton Xavier x Alejandro Guerra



Cleiton chegou em 2015, do Metalist, para substituir a magia de Valdívia, depois de um fim de ano sofrido. Para o nosso azar, herdar a camisa 10 iria além do bom futebol e seria, principalmente, um convite para o departamento médico. Aclamado pela torcida e a esperança para a montagem de um bom meio campo, Xavier ficou mais de 230 dias fora e colecionou 7 lesões no período de agosto/15 a abril/16.



Nunca mais pudemos ver o seu bom futebol e ele se tornou apenas um banco com passes de qualidade, longe de ser o meio campista que sonhamos. Durante o mesmo período, os deuses do futebol nos agraciaram com a chegada do 'Profeta' Moisés. Não havia mais espaço, nem esperança.



Guerra, eleito melhor jogador da Libertadores de 2016, vem pra ser o cérebro do meio campo palmeirense. Um jogador capaz de desempenhar várias funções em um mesmo jogo e que encontra lugares impensáveis para enfiar bolas e deixar o atacante na cara do gol. Já notamos que o camisa 18 se doa para o time, chama a responsabilidade e garante a velocidade do contra ataque. Não é uma aposta, ele está em sua melhor fase, vindo do Atlético Nacional, só precisamos saber aproveitar.



Matamos no peito e estufamos a rede, de novo



Gabriel Jesus x Borja



Gabriel Jesus era aquele nosso desejo de primeiro amor que tem que durar pra sempre. Anos sem revelar um jogador da base que realmente desequilibrasse no time profissional. Fazia diferença em campo, encontrava gols quando ninguém mais acreditava e rabiscava pra cima da zaga de um jeito que era impossível de se assistir sentado. Jesus fazia a função do falso 9, não precisávamos jogar com um centroavante de área. Buscava a bola, ajudava a construir o contra ataque e era mortal na finalização sempre que acionado. Além disso, ele se dividia em campo para ajudar na marcação e ser útil para o time durante todo o tempo de jogo.



A estrela ainda brilha, mas agora distante daqui.



Borja está LONGE de ser uma bola fora, ele é apenas uma opção tática diferente de Gabriel Jesus. Estamos falando do atual artilheiro do continente, por favor. Mas para tornar eficaz o seu desempenho em campo, a formação de 2017 tem que ser diferente do ano anterior, já que ele se apresenta como o homem de área que não tínhamos: jogador que recebe a última bola, o finalizador que sai do meio de dois zagueiros e a presença que puxa a marcação, liberando os outros atacantes para as sobras de bola (diz aí, Willian!).



Com o time jogando mais aproximado e o meio campo trocando os chutões pelas triangulações, contem com o entrosamento da dupla que brilhou no Atlético Nacional para muitos momentos de alegria.



Esse gol de letra do Palmeiras vale milhões. E eu banco!



IMPORTÂNCIA DA TORCIDA NOS JOGOS EM CASA



Se em 2016 o Allianz Parque foi a nossa grande arma para a conquista do título brasileiro, eu acredito que a presença da torcida em mais um ano pode fazer a diferença durante uma sequência de jogos tão difíceis e com tantos campeonatos importantes acontecendo ao mesmo tempo.



Enquanto alguns falam “mamãe Crefisa”, a gente realmente sabe o que nos fortalece financeiramente (tamo junto, Avanti).



Retrospecto do Palmeiras no Allianz Parque (Brasileiro 2016):



57 pontos possíveis; 46 pontos conquistados = 81% de aproveitamento

19 jogos, 14 vitórias, 4 empates e 1 derrota

35 gols marcados, 13 gols sofridos

Média de público: 32.522 pessoas

Média de renda: R$ 2.226.927,12

Maior público: 40.986 contra a Chapecoense, na 37ª rodada



Que comecem os jogos, porque o sofrimento eu já posso sentir.

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29796 visitas - Fonte: ESPN FC

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