Campeão do mundo nos EUA, Zinho torce pelo sucesso da seleção americana

Zinho atuando pelo verdão



O meia-atacante Zinho fez história no Palmeiras. Campeão da Libertadores, Paulista e Brasileiro pelo Verdão, dentre outros títulos importantes, o jogador tornou-se um dos grandes destaques da época vitoriosa eternizada como “Era Parmalat”. No entanto, não é só no Alviverde que ele fez história: após encerrar a carreira no Miami, dos Estados Unidos, ajudou no desenvolvimento do “soccer” e hoje torce pelo sucesso dos norte-americanos na Copa.



Classificada às oitavas de final da Copa do Mundo de 2014, a seleção dos Estados Unidos disputa nesta terça-feira (1) uma vaga nas quartas de final contra a seleção da Bélgica. Zinho, jogador do Miami entre 2006 e 2007, também começou a carreira como treinador no clube dos EUA após receber um convite em 2007 – permaneceu por lá até 2010, quando voltou ao Brasil.



“Quando houve esse convite, tomei a decisão pensando nos meus filhos, deles estudarem lá. Eu iria para um futebol em que a cobrança era menor, e esse processo de virar treinador seria mais natural. Joguei na segunda divisão, então a estrutura, o nível do campeonato, era baixo. Eu com quase 40 anos compensava a parte física com a qualidade técnica. Foi legal porque vivi situações diferentes, sem tantos recursos para montar um time. Acabou sendo bom para mim como aprendizado”, afirmou Zinho, que aponta a evolução da Liga local ao longo dos anos.



“Eles evoluíram bastante, mas o americano ainda tem suas particularidades. A liga é uma empresa, existem os donos. O ‘soccer’, como eles chamam, começou copiando o modelo dos outros esportes que são sucesso por lá. O futebol demorou a pegar, mas vemos que isso evoluiu. Vi essa evolução, de organização das equipes, de nível e estrutura dos times. Hoje, eles têm estádio próprio, centro de treinamento. Os atletas eram amadores, hoje vivem do futebol. Algumas equipes já fazem até trabalho de base”, completou Zinho.



Outro grande momento da carreira do meia, desta vez pela Seleção Brasileira, também teve como palco os Estados Unidos. Em 1994, Zinho foi um dos destaques da equipe que conquistou o tetracampeonato para o Brasil e encerrou o jejum de títulos em Copas do Mundo que perdurava desde 1970. Segundo ele, a vitória em solo americano é somente coincidência.



“Gosto dos Estados Unidos porque vivi lá, aproveitei da estrutura do país, da qualidade de vida. Fui muito feliz quando morei lá, acaba tendo um carinho. Mas foi coincidência da Copa de 1994 ter sido lá, poderia ter sido em qualquer lugar”, disse Zinho, que torce pelos Ianques.



“Na Copa de 2014, vemos Chicago receber uma multidão de pessoas vendo jogos. O presidente dos Estados Unidos falando sobre a Copa. Isso se deve muito aos bons resultados da seleção. O processo começou lá atrás com o Pelé, tem o Beckham, o Klinsmann é o treinador. A tendência é isso melhorar ainda mais se avançar às quartas de final, porque aumenta o interesse de empresas que possam investir no futebol”, finalizou o craque.