Dérbi centenário: a história de refugiados que adotaram Brasil, Palmeiras e Corinthians

10/7/2017 07:31

Dérbi centenário: a história de refugiados que adotaram Brasil, Palmeiras e Corinthians

No aniversário de 100 anos do maior clássico paulista, mostramos, em vídeo, a paixão que estes dois clubes despertam em quem nasceu tão longe de SP

Dérbi centenário: a história de refugiados que adotaram Brasil, Palmeiras e Corinthians

Nesde o dia 6 de maio de 1917, Corinthians e Palmeiras são os dois lados de uma mesma moeda. É impossível imaginar o que seria do branco e preto sem o verde e, tampouco, do verde sem o branco e preto. Há 100 anos, essa rivalidade faz os dois clubes crescerem, aguça as paixões de milhões pelo Brasil e, pelo menos por 90 minutos, faz a maior cidade da América do Sul parar a cada novo confronto.







Na quarta-feira, será assim mais uma vez. O Corinthians vai até a Arena Palmeiras como líder isolado do Brasileirão. E o atual campeão não quer nada diferente de uma vitória para frear a caminhada do rival e se aproximar da ponta da tabela.



Sem dúvida, há inúmeras maneiras de se pensar em uma reportagem para falar dos 100 anos de rivalidade entre Palmeiras e Corinthians. O FootBrazil, programa da TV Globo sobre o futebol brasileiro voltado para o público estrangeiro, e o Globoesporte.com decidiram olhar para a cidade de São Paulo para tentar fugir do lugar comum. E foi justamente diante do mapa da megalópole que a ideia começou a ganhar forma.



Além de um centenário de disputas em campo, o que une – e, ao mesmo tempo, separa – Corinthians e Palmeiras em São Paulo é a Linha 3 - Vermelha do metrô da capital paulista. Em uma cidade de trânsito tão caótico, a melhor maneira de percorrer os quase 30 quilômetros que separam a arena do Palmeiras, na zona oeste da cidade, da arena corintiana, situada quase no extremo da zona leste, é através da linha Palmeiras/Barra Funda – Corinthians/Itaquera.



No primeiro momento, nossa intenção era apresentar o clássico centenário a um estrangeiro que chegasse a São Paulo, usando as duas pontas da linha de metrô e tentar captar o olhar forasteiro sobre esse que é um dos grandes confrontos do futebol no mundo. Mas quem seria esse estrangeiro?



Na busca por esse personagem, chegamos a um tema obrigatório e extremamente atual no mundo: refugiados. Entre tantos estrangeiros que se viram obrigados a fazer do Brasil sua casa, deveria haver alguém que tivesse adotado as cores de Corinthians e Palmeiras, dois clubes criados por imigrantes, no país do futebol. E havia mesmo.



Encontramos o congolês Jean Katumba, torcedor do Timão, e a moçambicana Lara Lopes, apaixonada pelo Verdão. Ambos chegaram ao Brasil há quatro anos como forma de sobrevivência, deixando para trás em seus países uma vida, com emprego, amigos e familiares.



Com a ajuda de Corinthians e Palmeiras, convidamos os dois africanos a viverem a experiência de assistir a uma partida no estádio, no meio das torcidas das duas equipes. Jean foi à Arena do Corinthians junto com o amigo Abdulbaset Jarour, que teve que deixar a Síria há três anos por causa da guerra. E Lara teve a companhia de sua compatriota Maira Mkuti.



O resultado, que você pode acompanhar no vídeo no topo desta página (e também neste link aqui), foi uma experiência inesquecível não apenas para os quatro estrangeiros, mas também para toda a equipe de GloboEsporte.com e FootBrazil, em mais uma demonstração de que o futebol vai muito além de raças, fronteiras, religiões e qualquer outro fator de segregação.



Notar no sorriso de quem já viveu tantas dificuldades a alegria por acompanhar um jogo de seu time de coração faz pensar sobre o que é, de fato, a essência do esporte e de uma rivalidade centenária como Corinthians e Palmeiras.



Este minidocumentário foi roteirizado e produzido por Juliano Mignacca e Thiago Macedo, com apoio técnico de Jorge Moura e imagens de Diogo Venturelli, Fernando Vidotto, Rafael Carneiro e Valmir Alves. A edição de imagens e a finalização são de Luciano Magalhães.



Os refugiados no Brasil



De acordo com o relatório de 2017 divulgado pelo ACNUR (agência de ONU para refugiados), no final de 2016 havia cerca de 65,6 milhões de pessoas forçadas a deixar seus locais de origem por diferentes tipos de conflitos.



No Brasil, de acordo com os dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2016 houve aumento de 12% no número total de refugiados reconhecidos no país. Até o final do ano passado, o Brasil reconheceu um total de 9.552 refugiados de 82 nacionalidades.



Abdul da Síria e Jean do Congo são, respectivamente, dos países com maior número de refugiados reconhecidos no Brasil em 2016: Síria (326), República Democrática do Congo (189).

Eles fazem parte da direção da ONG África do Coração –



Federação das Comunidades dos Imigrantes Africanos da Diáspora, que, desde 2013, ajuda na inclusão dos refugiados que chegam a São Paulo. A ONG trabalha na área de assistência, acompanhamento na integração, proteção, comunicação, cultura e educação dos imigrantes refugiados na capital.



A ONG África do Coração, por meio de Jean, Lara e Abdul, organiza desde 2014 a Copa dos Refugiados, com seleções nacionais formadas apenas por imigrantes que buscaram moradia no Brasil. O torneio cresceu e ganhou edições em várias cidades do Brasil. No site do torneio, é possível até encontrar um álbum de figurinhas para conhecer melhor os atletas participantes. Clique aqui e veja mais sobre o assunto.



Em março, a Copa dos Refugiados em Porto Alegre teve Senegal campeão na final disputada na Arena do Grêmio. Atualmente, 16 seleções vão disputar no mês de agosto em São Paulo a competição que terá a final no Estádio do Pacaembu dia 27 de agosto. O campeão da cidade de São Paulo vai enfrentar o Senegal, na Arena Corinthians dia 24 de setembro.





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23508 visitas - Fonte: Globoesporte.com

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vai toma no seu corintiano do caralho

cade a base seu cuca esses velhinhos estão em fim de carreira

nao interesso mais nada so quero a vitoria . nao adianta falar e n lutar . queremos ver o palmeiras mostrar porque contratou os.melhores jogadores . queremos ver um futebol bonito e bem jogado quarta feira contra os gambas. derrubando a retranca deles.

com está bolinha que você estão jogando não ganha de ninguém se perder para o corintinha aí o coisa fica feia

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