Borja é carregado por torcedores na chegada a SP (Foto: Jales Valquer/FotoArena/Estadão Conteúdo)
O clássico entre Palmeiras e São Paulo, neste domingo, às 16h (de Brasília), na arena alviverde, será uma grande oportunidade de redenção para os artilheiros dos dois clubes. Do lado palmeirense, Deyverson e Borja ainda não justificaram o alto investimento. No tricolor, Pratto e Gilberto caíram de rendimento em comparação com outros momentos da temporada.
Os dois gigantes paulistas contam com a melhora de seus goleadores para crescerem no Campeonato Brasileiro. Na abertura da 22ª rodada, com 33 pontos, o Palmeiras é o quarto colocado e briga por vaga na próxima edição da Taça Libertadores, mas não vence há três rodadas. O São Paulo, com 23, em 17º, luta para evitar o inédito rebaixamento.
Muito dinheiro, pouco retorno
Contratação mais cara da história do Palmeiras (R$ 33 milhões), Miguel Borja foi carregado pela torcida no aeroporto, mas ainda não embalou. Do dia 25 de fevereiro para cá, quando estreou contra a Ferroviária, pelo Paulistão, o colombiano participou de 32 partidas e marcou somente sete gols.
Pressionado para corresponder, o camisa 9 sofre com adaptação ao estilo de jogo brasileiro, problema desde os tempos de Eduardo Baptista e repetido com maior frequência com Cuca, com quem tem tido poucas oportunidades. Durante a semana, ele se reuniu com a diretoria e pediu um voto de confiança.
– Essa semana ele nos procurou e disse: "Eu não estou conseguindo, mas acreditem em mim, quero vencer no Palmeiras. Vou vencer, presidente". Obviamente, ele está com problema de adaptação. O sistema de jogo é totalmente diferente. Temos uma cultura diferente, alimentação, língua, alguns jogadores que vêm para o Brasil que vestem a camisa e saem jogando, outros não. Demora um tempo – revelou o presidente Maurício Galiotte, em entrevista à ESPN Brasil.
Por causa da pouca participação de Borja no primeiro semestre, o Verdão foi ao mercado novamente e repatriou o até então pouco conhecido Deyverson, que estava no Alavés, da Espanha, e pertencia ao Levante. E também custou caro: R$ 18 milhões.
Com um estilo diferente, mais brigador e de maior velocidade, o atacante ganhou rapidamente espaço no time e mereceu elogios. Mas caiu de produção após a eliminação na Libertadores, quando não foi um dos cobradores de pênaltis contra o Barcelona de Guayaquil. Assim como Borja, precisa dar uma resposta imediata.