De um lado, o mandante alviverde que viu seu planejamento naufragar precocemente em agosto. Trouxe Eduardo Baptista, um técnico sem grife, para administrar um elenco milionário, mas desequilibrado. Não deu certo e o Palmeiras precisou resgatar Cuca de seu período sabático para tentar salvar a lavoura. Novamente, sem sucesso. O time foi eliminado da Copa do Brasil e da Libertadores e busca apenas manter a dignidade com uma vaga no G6 do Campeonato Brasileiro. Muito pouco para um clube que investiu R$ 132 milhões em jogadores para a temporada.
Do outro lado, o visitante tricolor que há algumas rodadas convive com o fantasma do rebaixamento. Em meio ao caos político que assola o clube, convocou Rogério Ceni para acalmar os ânimos da torcida. Parecia o escudo perfeito e necessário para promover uma reconstrução do time dentro de campo. A experiência durou pouco, mas foi repleta de situações controversas, como o episódio da ‘prancheta voadora’. E a diretoria se viu obrigada a dispensar rapidamente o maior ídolo da história do clube. Com Dorival Jr. no comando, o São Paulo não evoluiu com a bola nos pés e intercala jogos razoáveis e desprezíveis. Quem vem segurando a bronca é a torcida, que bate recordes sucessivos de público no Morumbi. Muito pouco para um clube que contratou mais de 40 jogadores de 2015 até agora.
Em muitos momentos, o São Paulo de 2017 lembra o Palmeiras de 2014. Dois times sem confiança, com diversas trocas de esquemas e titulares e que em nenhum momento tiveram outra pretensão no campeonato que não fosse a luta contra a degola. O elenco tricolor é superior ao Palmeiras do ano do seu centenário, mas os cenários são muito próximos, incluindo a presença de Dorival como ‘salva-vidas’. Naquele ano, o Palmeiras se livrou com 40 pontos, na última rodada, com o auxílio do Santos, que venceu o Vitória no Barradão. E ano a régua deve subir, já que apenas o Atlético Goianiense parece fadado ao descenso e apenas seis pontos separam hoje o Sport (9º colocado, 29 pontos) do São Paulo (17º, 23 pontos), que abre a lista atual do Z4.
O Allianz Parque estará cheio, mas sem divisão. Espera-se ao menos 30 mil palmeirenses em mais um clássico de torcida única. Para o Palmeiras, o jogo pode significar o fim da passagem de Cuca, apesar do respaldo da diretoria e de o treinador reiterar sua intenção de permanecer; para o São Paulo, uma derrota abalaria ainda mais o moral de um time que busca fazer valer o peso de sua camisa para se safar. No fim das contas, um dos maiores clássicos do futebol brasileiro terá mais tensão que euforia. Palmeiras e São Paulo se enfrentam buscando a qualquer custo diminuir os efeitos colaterais de uma temporada marcada por erros, derrotas e aflição.
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uma vergonha Palmeiras com um investimento desse contagem regersiva para acaba 2017..