Se a defesa do Palmeiras foi muito mal e determinante no empate com o Cruzeiro e na derrota no Dérbi, a média negativa foi mantida no Barradão contra o Vitória. Quase sempre nas costas de Egídio e Juninho, o clube baiano soube explorar bem o ponto mais fraco da time de Alberto Valentim. Foi por ali que saíram os dois primeiros gols do jogo, tudo em menos de 15 minutos.

No primeiro, Yago aproveitou rebote na área após avanço de Patric pela direita para vencer Fernando Prass. Quase dez minutos depois, Tréllez ganhou da marcação de Juninho, arrancou e tocou na saída do goleiro palmeirense.



"Vamos jogar"



Diante do pior cenário possível, Alberto Valentim tentou recolocar o Palmeiras no jogo. Na base do incentivo na beira do gramado, ele falou com o time e pediu para que os atletas entrassem no jogo. Na jogada seguinte, curiosamente, Keno avançou pela direita e cruzou para Dudu, de cabeça, diminuir. O empate não veio por muito pouco minutos depois, com Erik batendo cruzando e obrigando o goleiro Fernando Miguel a fazer grande defesa.



O "reação" alviverde durou apenas dois minutos. Aproveitando bem os espaços da defesa palmeirense, Yago marcou novamente antes do intervalo e deixou o time rubro-negro em situação muito confortável na tabela.



Por que deu tudo errado para o Palmeiras no primeiro tempo?



Egídio tem como principal característica o apoio ao ataque. Depois do gol de Romero e do pênalti em Jô no último domingo, ele viu o Vitória abrir vantagem pelo seu lado;



A opção por um meio com Tchê Tchê e Bruno Henrique era para dar mais qualidade de passe e, pelo menos na teoria, ajudaria na cobertura. Não deu certo;



Sem uma referência defensiva mais fixa à frente dos zagueiros (leia-se Thiago Santos), o Verdão teve muitos problemas diante de um ataque mais leve;



A bagunça defensiva palmeirense teve direito a chutão em cima do companheiro, recomposição com lateral invertido e volante atrasado. Juninho e Egídio foram os piores



Time no ataque, aposta da base e nada de pressão



Para a segunda etapa, Alberto Valentim foi para o tudo ou nada com o Palmeiras. Com Tchê Tchê e Moisés como as opções mais defensivas da equipe, o Verdão foi montado com Dudu, Fernando (promessa de 18 anos da base), Róger Guedes e Alejandro Guerra. Mas os erros continuaram prevalecendo, tanto que a melhor chance para diminuir o placar saiu de um desarme de Wallace contra o próprio gol - no rebote, chute de Moisés ficou na marcação.



Nem mesmo a expulsão de Uillian Correia aos 18 minutos do segundo tempo animou e deu ao Verdão uma chance de pressionar os baianos. Com pouca efetividade, o time palmeirense errou muitos passes e não conseguiu levar perigo. Sem Borja, Deyverson e Róger Guedes, a opção com três pontas e dois meias não funcionou.



Pior que o desempenho ruim, o nervosismo passou a virar marca de uma equipe que, nos momentos mais decisivos de 2017, não correspondeu e falhou. Com 54 pontos, o time de Alberto Valentim se mantém na quarta posição do Brasileirão, mas com o Botafogo mais próximo, com 51 ponos. No próximo domingo, o rival será o Flamengo, na arena, às 17h, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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