Um 'vendedor de ideias' admirado por Tite: perfil do novo técnico do Verdão

23/11/2017 08:16

Um 'vendedor de ideias' admirado por Tite: perfil do novo técnico do Verdão

Roger Machado, anunciado nesta quarta-feira, era jogador do atual técnico da Seleção no Grêmio e foi indicado por ele ao Corinthians em 2016. Conheça o novo palmeirense

Um 'vendedor de ideias' admirado por Tite: perfil do novo técnico do Verdão

Roger Machado, técnico do Palmeiras para 2018, costuma se definir como um "vendedor de ideias". Para ele, o segredo de um bom trabalho é fazer os jogadores entenderem, acreditarem e executarem o que é pedido.







Embora tenha procurado Mano Menezes e Abel Braga primeiro, Alexandre Mattos, homem forte do futebol palmeirense, é fã de Roger há bastante tempo e tentou contratá-lo para substituir Cuca no fim de 2016. Um outro fã de respeito é Tite, que o comandou no Grêmio e o indicou para substitui-lo no Corinthians quando foi para a Seleção Brasileira - a proposta foi recusada.



A declaração a seguir é de Tite, em outubro de 2015, em uma entrevista à ESPN Brasil:



- Como atleta, o Roger já tinha uma visão macro, de senso de equipe. A gente percebe quando o atleta tem esta capacidade. Ele tem uma linha de trabalho que se assemelha muito com a minha: uma equipe de triangulação, de posse de bola, em que a bola longa é uma segunda alternativa e não a ideia central, que faz pressão onde perde a bola, que faz essas transições, pode fazer pressão alta, média ou baixa. Tem um pensamento de futebol, uma metodologia e treinamentos muito atuais.



Roger deve trazer consigo apenas um profissional: o auxiliar Roberto Ribas, que conheceu quando integrava a comissão técnica fixa do Grêmio, ainda em 2011, e o acompanhou em todos os clubes desde então.



Antes de virar comandante, ele teve uma trajetória bem sucedida como jogador: o então lateral-esquerdo fez mais de 400 jogos pelo Grêmio e tornou-se ídolo ao conquistar uma Copa Libertadores (1995), um Brasileirão (1996), três Copas do Brasil (1994, 1997 e 2001) e quatro Gaúchos (1995, 1996, 1999 e 2001). Depois de uma passagem pelo Vissel Kobe, do Japão, ainda jogou no Fluminense entre 2006 e 2008 e tornou-se o atleta com mais títulos da Copa do Brasil na história: ganhou a edição de 2007, marcando o gol do título. Em 2009, assinou contrato com o DC United, mas nem chegou a jogar devido a um problema na coluna que o fez encerrar a carreira.



"O treino simula o jogo"



Este é o lema do trabalho de Roger. E isso não inclui apenas passes, dribles, chutes ou movimentações táticas. Vale também para as partes mental e física.



O técnico exige que seus jogadores estejam focados no trabalho 100% do tempo, e até por isso costuma dizer que jamais fará uma atividade com duas horas de duração. Além disso, trabalha em conjunto com a preparação física para que os trabalhos com bola sirvam também para condicionar os atletas - ele é formado em educação física.



Roger é adepto de alguns conceitos modernos. Um deles é a amplitude, com jogadores bem abertos tanto na saída de bola quanto na criação de jogadas para espaçar a marcação adversária. Compactação também é uma palavra muito usada pelo treinador: a primeira e a última linha têm de estar próximas para "encurtar" o campo e ter mais atletas perto da bola. Ele também trabalha suas equipes para terem a bola pela maior parte do tempo e fazerem pressão para recuperá-la rapidamente após a perda de posse.



Uma questão muito debatida no Palmeiras ultimamente é o tipo de marcação, já que Cuca gostava de perseguições individuais. O novo treinador prefere a marcação por zona, com perseguições curtas, para que o time esteja o mais organizado possível na hora de retomar a posse de bola, facilitando o início das jogadas ofensivas.



Ler a assistir futebol



Roger Machado costuma aproveitar os períodos de concentração para assistir a dois ou três jogos de futebol de diferentes países. Gosta de acelerar a imagem e parar em momentos que considere importantes para fazer anotações. Diz que já tirou muitas ideias para treinamentos de lances que viu e memorizou.



Além disso, é um leitor voraz de obras sobre futebol. Lamenta a escassez de livros brasileiros sobre tática e se vira com traduções da literatura estrangeira. Vêm daí diversos termos de seu vocabulário, que pejorativamente pode ser definido como "tatiquês". Mas ele não vê problema e diz que, se o jogador não entender, basta explicar de novo usando palavras mais simples.



Assim como Alberto Valentim, que comandará o Palmeiras por mais dois jogos de forma interina, Roger costuma dizer que a escola italiana é uma referência defensiva, enquanto a capacidade de improviso do jogador brasileiro deve nortear o "momento ofensivo". Por isso, gosta de ver também as grandes equipes do país nas décadas de 70 e 80.



Os pontos altos da carreira



Roger teve ótimo momento no Grêmio, clube que conduziu ao terceiro lugar do Brasileirão em 2015 - ele assumiu em maio daquele ano, na vaga de Luiz Felipe Scolari. Aquela campanha teve dois jogos bem emblemáticos: a histórica goleada por 5 a 0 sobre o Internacional, na Arena do Grêmio, e a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG, no Mineirão, com dois lindos gols gerados em contra-ataques.







- Conseguimos ter a bola sem que o jogador ficasse com ela individualmente, mas coletivamente. O (primeiro) gol saiu de pé em pé, do corredor do lado direito para o do lado esquerdo - definiu após aquela partida em Belo Horizonte.



Roger demitiu-se do Grêmio em setembro de 2016, com o time na oitava colocação do Brasileirão. Antes disso, havia sido preza fácil para o Rosario Central (ARG) nas oitavas de final da Libertadores, com derrotas por 1 a 0 em Porto Alegre e 3 a 0 na Argentina. Sua equipe era muito criticada pelos gols sofridos em bolas paradas pelo alto. Renato Portaluppi assumiu e foi campeão da Copa do Brasil no fim do ano em cima do Atlético-MG.



Curiosamente, o próprio Galo acertou com Roger após ser derrotado pelo Grêmio no jogo de ida da decisão da Copa do Brasil. O técnico, no entanto, só iniciou o trabalho em 2017. E aí veio seu único título na função até aqui: o Campeonato Mineiro em cima do Cruzeiro.



Foi demitido em julho, com aproveitamento superior a 60%, mas com início ruim no Brasileirão (deixou a equipe em 11º) e derrota no jogo de ida para o Jorge Wilstermann nas oitavas de final da Libertadores. Com Rogério Micale, o time empatou no jogo de volta e foi eliminado.



Nos últimos meses, Roger chegou a ser procurado por grandes clubes do futebol brasileiro, mas avisou a eles que não aceitaria iniciar um trabalho em meio de temporada.



Currículo



O novo técnico do Palmeiras faz o perfil estudioso. Assim que encerrou a carreira como atleta, em 2009, ingressou na faculdade de educação física já com a ideia de trabalhar à beira do campo. A partir de 2011, e já com um curso de gestão esportiva no currículo, tornou-se auxiliar da comissão permanente do Grêmio, sendo chamado para dirigir a equipe interinamente algumas vezes.



Em janeiro de 2014, decidiu que era hora de voar sozinho e aceitou o convite para dirigir o Juventude. Saiu no meio da temporada e aproveitou para buscar conhecimento fora do país, acompanhando especificamente a rotina do Chievo (ITA) na companhia do auxiliar Roberto Ribas. Em 2015, antes de assumir o Grêmio, ainda comandou o Novo Hamburgo no Campeonato Gaúcho.



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9831 visitas - Fonte: LANCE!Net

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espero que todos vocês que estão criticando,ainda vão aplaudir muito esse cara! seja muito bem vindo Roger,espero que você dê serto no nosso verdão!!!

pode ate nao dar certo no palmeiras, mas gosto dos times do roger,sempre marca muito e é agressivo no ataque, porém vestuário e um fator importante bora ser bem sucedido, se ele tiver isso ao ser favor associado a um bom elenco temos uma boa perspectiva

o cara ganhou só um campeonato mineiro, não tem o tamanho do palmeiras pra contratar essa merda põe um cone de treinador. porque não contrataram o Luxemburgo esse sim teria o apoio da torcida.

Ótimo na teoria, mas analisando o retrospecto de Roger pelas últimas grandes equipes de ótimo elenco pelo que passou, percebemos que algo precisa ser feito diferente, certo?

torcedores modinha,falavam q tava errado contratar sem ter um técnico, depois q Abel nao servia, depois q o Valentim nao tinha peito pra treinar, agora contrata o Roger e tds criticam , abel nao vinha, felipao tbm nao, deixa o cara trabalhar e ajudar da montagem do elenco, o palmeiras ficaria mais forte com o apoio do torcedor, e nao com as críticas...
#bemvindoroger

vai dar certo bom tecnico boa sorte roger avante palestra

sonhamos com felipao, abel e jair ventura e acabamos com essa porcaria.. deixasse o valentim..

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