“Tenho mais dois anos de contrato do Palmeiras. O meu amanhã é aqui no clube. Eu falei que a vida de um jogador de futebol é assim, hoje estou aqui e amanhã posso estar em outro lugar. Mas só vou embora se os caras me mandarem embora. Como creio que não vá acontecer, meu amanhã é aqui”, afirmou o volante, antes de abordar suas preferências de posicionamento.



“Como vou atuar, depende do esquema de jogo que o Roger for utilizar. Lembro que, na Fiorentina, jogava como primeiro homem à frente da zaga. Na Juventus, eram dois centro-campistas, eu e Sissoko. Depois, no Galatarasay, eram três, eu fazia a parte mais ofensiva. Fiz alguns jogos como zagueiro. Na Inter, joguei como meia-atacante, volante. O importante é minha disponibilidade, que é 100%, total. Se tiver que jogar atrás, sair para marcar, estou aqui para ajudar, me coloca à disposição”, completou.



Já mirando 2018, Felipe Melo fez um balanço sobre este ano. O camisa 30 foi afastado no dia 28 de julho depois de fazer um comentário ofensivo sobre Cuca no vestiário do Mineirão, após a eliminação da Copa do Brasil, diante do Cruzeiro. O vazamento de um áudio em que chamava o treinador de “mentiroso, mau caráter e covarde” agravou a situação e fez com que ele passasse a treinar em horários alternativos.



No dia 4 de setembro, o volante voltou a treinar com o restante do elenco e passou a ser relacionado por Cuca para o banco de reservas em algumas partidas. Já sob o comando do interino Alberto Valentim, o aleta voltou a atuar no dia 12 de outubro, quando entrou no segundo tempo da partida contra a Ponte Preta, no Pacaembu. Desde então, reconquistou a vaga entre os titulares do Verdão.



“Pela primeira vez na carreira tive um atrito com treinador, o que fez com que minha esperança de vencer caísse por água abaixo. No Paulista, recebi o prêmio de melhor da posição. Na Libertadores, íamos bem. Quando fui utilizado no Brasileiro, também tive boas atuações. Óbvio que, Pelé, Maradona, incluo Messi, de quem sou fã também, e o Neymar, que vai chegar nesse nível, são fenômenos. Quem não é, tem que trabalhar ao máximo para melhorar. Vocês podem ver no dia a dia como trabalho 100%, como corro, ajudo os companheiros, me dedico em cada treino. Obviamente que, vindo treinador novo, minha esperança de conquistar coisas importantes se renova”, concluiu.



O Verdão está sob o comando de Valentim desde a saída de Cuca, em outubro. Nesse período, a diretoria tentou a contratação de Mano Menezes, mas o técnico preferiu renovar com o Cruzeiro. Desde então, líderes do elenco passaram a fazer campanha pela efetivação do interino no comando do Palmeiras. O capitão Dudu, inclusive, informou o diretor Alexandre Mattos da vontade dos atletas.



Com três vitórias nas primeiras três rodadas de sua quinta passagem como interino do Alviverde, a efetivação de Valentim, antes improvável, passou a ser possível. O time cresceu de produção e chegou a depender apenas de si para ser campeão brasileiro. No entanto, o empate em casa contra o Cruzeiro, e a derrota para o rival Corinthians no Derby em Itaquera minaram as chances do interino.

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