Entre risos e lágrimas, craques da Segunda Academia se reencontram

13/12/2017 16:32

Entre risos e lágrimas, craques da Segunda Academia se reencontram

Entre risos e lágrimas, craques da Segunda Academia se reencontram

Foto: César Greco/ Ag. Palmeiras/ Divulgação



Sargentão; Gaguinho, Chevrolet, Ketchup e Sapão; Chimbica e Carneiro; Cabeça de Bala, Galã, Maluco e Pigaia. Nem o mais fanático torcedor do Palmeiras conhece esta escalação. Mas acredite: ela foi uma das mais vitoriosas do futebol brasileiro em todos os tempos. A formação acima reúne os apelidos dos jogadores que, há 45 anos, entraram para a história graças a uma temporada perfeita, durante a qual conquistaram os cinco títulos em disputa: Paulista, Brasileiro, Taça dos Invictos, Torneio Mar del Plata e Laudo Natel.







Rememorar este esquadrão é como recitar um poema: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei. A convite da Revista Palmeiras, os craques da Segunda Academia, como a equipe supercampeã em 1972 ficou conhecida, se reencontraram no centro de treinamento do Verdão, na tarde de 28 de agosto, horas antes do banquete de celebração do aniversário de 103 anos do clube.



O encontro estava marcado para as 14h30. Exatamente nesse horário, o primeiro carro cruzou o portão de entrada da Academia de Futebol. Dele, saiu um senhor alto, de cabelos brancos: Emerson Leão. Não foi uma surpresa.



“Na nossa época, ele já era o primeiro a chegar aos treinos e o último a sair. Sempre foi pontual e dedicado, não se contentava em fazer apenas a obrigação. Era um sargentão linha-dura que exercia uma liderança natural sobre a equipe”, recordou-se o ex-lateral Eurico, amigo de infância do ex-goleiro – ambos cresceram juntos em Ribeirão Preto (SP).



Três minutos depois de Leão, entrou no CT o ex-atacante Mário Motta, o mais jovem do elenco alviverde em 1972 – hoje tem 63 anos. No estacionamento, Mário e Leão se olharam com atenção, como se tentassem reconhecer um ao outro. Eles não se viam havia mais de três décadas.



“Quem diria? Olha o grande Mário aí! Que diferença, hein? Você era magrinho. O que aconteceu?”, brincou Leão. “Pois é, o tempo passa para todo mundo, inclusive para você”, devolveu Mário, entre risos.



O ex-ponta Edu se juntou à conversa às 14h35. Famoso pela velocidade, o eterno camisa 7 logo foi vítima das piadas de um bem-humorado Leão. “Acho que hoje chegamos mais rápido do que o Bala, hein, Mário?”, provocou.



Às 14h45, o trio se dirigiu à recepção do Centro Crefisa Capitão Adalberto Mendes, onde pôde matar a saudade de Eurico, Luís Pereira, Nei e Zeca, além de Polaco e Ronaldo, reservas do time de 1972. O sexteto, que não mora em São Paulo, havia se reunido pela manhã em um hotel da capital paulista. Eles foram levados à Academia de Futebol pela Palmeiras Tour, agência oficial de eventos e viagens do Verdão.



Às 14h59, a turma já estava quase completa. Quase... dos 11 titulares, faltavam Ademir da Guia, Alfredo, César, Dudu e Leivinha. Carneiro, Galã e Maluco – como Ademir, Leivinha e César eram chamados pelos colegas – não demoraram a aparecer. Ketchup (Alfredo) chegou em seguida e ganhou um abraço apertado de Chevrolet (Luís Pereira), com quem formou uma memorável dupla de zaga.



Cada encontro era sucedido por gargalhadas. O clima descontraído perdurou no vestiário, onde os ídolos foram presenteados com o uniforme de treino do atual campeão nacional. Enquanto se trocavam, César e Edu não perdiam a oportunidade de brincar sobre a atual forma física dos ex-companheiros.



Às 15h34, foi a vez de Dudu se somar ao grupo. Volante titular do Alviverde nas duas Academia (nos anos 1960 e 1970), o mais experiente jogador da equipe de 1972 – à época, tinha 32 anos – foi recebido com uma salva de palmas. "Só o Chimbica se atrasou, pô?", caçoou Zeca, entregando o apelido do ex-camisa 5. Outras alcunhas surgiram: “O Ademir era o Carneiro”, lembrou-se Dudu. “E o Nei era o Pigaia”, emendou Leivinha.



Do vestiário, as lendas palmeirenses caminharam rumo a um dos campos, onde foram fotografados para o pôster desta edição da Revista Palmeiras. “Foi o ponto alto do encontro. Vou guardar esta foto para o resto da minha vida”, afirmou Alfredo, sorrindo de orelha a orelha. “Muitos torcedores nem nos viram jogar, mas sabem de cor os nossos nomes. Agradeço a Deus por todos nós estarmos vivos para aproveitar este momento. Agradeço também ao clube pelo carinho e pela lembrança. Não preciso de mais nada.”



O dia reservou outras emoções aos craques. Eles tiveram a oportunidade de conhecer o centro de excelência, estrutura utilizada pelo elenco profissional do Verdão desde janeiro. O passeio começou pelo hotel e seguiu até a área de lazer. No anfiteatro, Leão pediu a palavra: “Todos nós fizemos mais de 300 jogos pelo Palmeiras. Muitos vestiram a camisa da Seleção. Outros atuaram por grandes clubes da Europa. E mesmo se algum de vocês nunca jogou na Seleção ou na Europa, pode se sentir orgulhoso por ter feito parte deste time do Palmeiras de 1972”, disse o ex-camisa 1.



No campo de aquecimento, os craques se sentaram em círculo para conversar. Foi o momento de externar os sentimentos que o reencontro lhes causou. Ademir se emocionou ao discursar: “Quando cada um de vocês chegou para defender o Palmeiras, eu já estava aqui. Recebi um por um e, por isso, tenho um carinho enorme por esse grupo”, afirmou. “Nós éramos uma família... dividir esse momento com vocês, depois de mais de quatro décadas, é uma honra.”



A tarde histórica se encerrou com um lanche oferecido pelo Verdão aos ídolos. Às 18h, todos eles já haviam saído do CT. Motivo: precisavam se trocar para o banquete, que teria início em menos de duas horas.



O relógio marcava 19h31 quando as lendas, já de terno e gravata, se reencontraram no Espaço das Américas – a casa de show localizada na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, foi o local escolhido para a comemoração pelo aniversário do Alviverde. Os craques acreditavam estar lá como meros convidados; não faziam ideia de que seriam, merecidamente, homenageados.



Minutos após entregar uma placa para Ademir da Guia, o presidente Maurício Galiotte convidou todos os campeões a subir no palco. Cada um deles recebeu uma medalha das mãos do mandatário como forma de agradecimento pelo empenho dedicado ao Maior Campeão do Brasil. Foram aplaudidos de pé pelo público. Conhecido pela seriedade, Leão chorou ao falar sobre a importância do Palmeiras em sua vida. O ex-goleiro contou ter conhecido sua mulher, com quem é casado há 41 anos, graças ao clube pelo qual atuou em 618 jogos.



Os heróis ainda jantaram juntos em uma área reservada antes de se despedir. O banquete acabou, mas não as lembranças de um time que permanecerá vivo na memória do torcedor palmeirense durante a eternidade.



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