O meia de 25 anos já começou jogando uma vez, na vitória por 3 a 1 sobre o Alianza Lima (PER), no Peru, pela fase de grupos da Libertadores. Na ocasião, porém, Roger Machado escalou uma equipe quase toda reserva. A partida em Porto Alegre será, portanto, a primeira de Hyoran como "titular para valer" do Verdão.



Ao longo dos nove jogos que disputou em 2018, Hyoran marcou dois gols (Alianza Lima e Sport) e deu duas assistências (para Willian, contra o Atlético-PR, e Dudu, contra o São Paulo). Ainda no primeiro semestre, ele já superou os números de toda a temporada passada: sete jogos, um gol e nenhuma assistência.



A versatilidade é um dos fatores que o faz ganhar espaço. Diante do Grêmio, ele não jogará centralizado, mas aberto pelo lado direito, substituindo o lesionado Keno. Já havia sido assim contra o São Paulo, quando o camisa 27 sentiu a coxa direita, e deve ser assim nos três jogos que antecedem a Copa do Mundo, enquanto ele se recupera.



Foi nos treinos que Hyoran mostrou essa qualidade a Roger Machado, a ponto de o técnico utilizá-lo em diferentes funções ao longo dos poucos minutos em que ele ficou em campo contra o Boca Juniors, em La Bombonera.



O plano físico que o fez deixar para trás um problema no joelho que o acompanhava desde os tempos de Chapecoense, além de ganhar 6 kg de massa muscular, também faz a diferença.



- Mudou muito a minha vida, muda a rotina de alimentação. Por vezes eu não era tão regrado, não tinha muita vontade de comer algumas coisas e agora tenho que comer porque vai me fazer bem. Isso junto com a suplementação e os trabalhos de academia foi dando resultado. Por vezes, eu tive que comer menos salada para comer mais proteína, coisas que ajudam a ganhar massa. Largar um pouquinho do doce, do refrigerante, que atrapalham bastante. Hoje, graças a Deus, não tomo mais isso, fico no suco (risos). Quando você vê as coisas dando resultado você tem o objetivo de continuar fazendo para continuar melhorando - contou ele.



Isso sem falar na confiança de que, permanecendo no clube, as oportunidades um dia chegariam. O garoto recusou diversas propostas nesta temporada, de clubes como Fluminense e Vasco, com a convicção de que poderia ter espaço no Verdão.



- Fácil nunca foi, porque todo jogador quer estar dentro de campo, quer ter oportunidade, mas eu sempre soube que se eu desanimasse é que eu não iria jogar mesmo aqui. Eu tinha que evoluir, buscar melhorar. Na minha cabeça eu tinha isso como meta, melhorar meu porte físico, a minha mentalidade, para estar preparado quando tivesse oportunidade.

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