Se o clube gaúcho conta com André, de 38 anos, como diretor executivo de futebol, os paulistas chegarão em Porto Alegre com Alexandre, de 41 anos, como diretor jurídico. O futebol será assunto apenas antes e depois do jogo entre os dois irmãos.



– São coisas do futebol. Meu único irmão. Ele vai ficar na minha casa. Falei que dependendo de como for o jogo, o tratamento em casa vai ser melhor ou pior (risos). Brincadeiras à parte, eu sei que ele torce muito pelo meu sucesso – disse André, o gremista.



– Vai depender do resultado, se eu vou dormir no chão ou se vou ganhar uma cama (risos)... Mas a gente não assiste junto. Não dá porque é o trabalho dele, vai estar com a comissão técnica, e eu vou com o pessoal do Palmeiras na parte dos visitantes mesmo. Nesse jogo eu não torço por ele – completou Alexandre, o palmeirense.



A paixão de André e Alexandre pelo Grêmio e pelo Palmeiras vem do pai Pedro, que nasceu no Rio Grande do Sul, mas se mudou para São Paulo durante a juventude dos filhos. E foi aí que o coração tricolor começou a ganhar alguns tons mais verdes.



Anos depois, os dois, que são formados em Direito, viram os caminhos se cruzarem no futebol. Enquanto André se especializou na gestão de clubes, com passagens por Santos e Sport antes de chegar ao Grêmio, em fevereiro de 2017, Alexandre passou a viver o lado mais político, quando assumiu a diretoria jurídica estatutária do Palmeiras em 2013 – ele é conselheiro do clube paulista desde 2009.



– Meu pai sempre foi gremista doente e chegou em São Paulo e se encantou pelo Palmeiras também, começou essa divisão. Ele gostava do Palmeiras, em confrontos contra o Grêmio ele sempre torceu pelo Grêmio. Meu pai levou isso aos filhos, essa divisão. Nós dois sempre gostamos do Grêmio e tínhamos simpatia pelo Palmeiras. Claro que meu irmão muito mais. Foi assim que surgiu o carinho dos filhos pelos times – recordou o diretor gremista.



– Nos anos 90 foi difícil (risos), tivemos bastante confrontos grandes entre Palmeiras e Grêmio, mas sempre foi tudo numa boa. A gente tirava sarro um do outro, mas não foi um problema. Em São Paulo eles ficavam na torcida do Palmeiras e se comportavam – brincou o palmeirense.



Além da partida desta quarta-feira, válida pelo Campeonato Brasileiro, Grêmio e Palmeiras poderão se enfrentar em eventuais finais da Libertadores e da Copa do Brasil.

Alexandre Zanotta atua na tentativa do Palmeiras de impugnar final estadual (Foto: Reprodução)

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