A camisa número 33, que usou na melhor noite da vida, está emoldurada na sala de casa. Ao lado dela, algumas que vestiu ao longo da vida. Mas nada se compara. Nas palavras de Betinho, o gol marcado na final da Copa do Brasil de 2012 contra o Coritiba, que garantiu o título para o Palmeiras, ainda é uma lembrança quase que diária. A realidade, agora, é outra. A camisa que veste ainda é verde, mas o cenário nem de longe lembra o vivido no passado. O alambrado enferrujado cerca um campo enlameado, que serve de atração para os moradores do bairro da Torre, zona oeste do Recife, onde cantores de brega e DJs disputam a Copa do MCs. Em meio a eles, Betinho. Sem clube e sem propostas concretas, o atacante revive os tempos de infância.
- Apesar de jogar em vários clubes, essa camisa marcou minha carreira. É inesquecível. Às vezes, me pego pensando em casa e lembrando da noite. Uma noite fria, chuvosa, mas que a gente conseguiu desenvolver bem o nosso futebol. Ficar sem clube é complicado. Aparece uma proposta aqui outra ali, mas eu e meu empresário estudamos a melhor maneira de entrar em um projeto. Até lá eu revivo minha infância aqui na várzea.
Do gramado do Couto Pereira, palco em que usou a cabeça para dar um toque quase imperceptível, após a cobrança de falta de Marcos Assunção, resta apenas a lembrança. A realidade de Betinho agora é o campo do Bueirão, ou "Maracanã da Várzea", apelido dado pela importância do local para os torneios amadores do Recife. No lugar da grama, a lama provocada pelas fortes chuvas. O cenário, porém, não afasta o público, que lota o local e faz o atacante ver a atual fase com nostalgia.
"Ainda estou sem clube, aí vivo a minha infância, de onde a gente saiu. É bom vir aqui e ajudar os amigos, jogar um pouco. Sou acostumado a jogar Maracanã, Arruda, Ilha do Retiro... Mas é a volta às origens. Estou trabalhando forte para quando chegar uma proposta boa eu possa chegar jogando."
Se após a Copa do Brasil era difícil sair pelas ruas de São Paulo, agora Betinho é atração na periferia recifense. Principal nome da Copa dos MCs, o atacante garante que, diferentemente de outros atletas profissionais que estão no evento, não recebe qualquer cachê. Entra em campo apenas pela amizade aos companheiros de infância.
- Aqui é diversão. Eu não recebo, não. Venho porque eu gosto e para ajudar o pessoal, mesmo. Não tem dinheiro.
Palmeiras, Betinho, Verdão, Copa do Brasil
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SUMEMO CAZZO!!! OBRIGADO BETINHO 2012!!! SUA FOTO TÁ NO PÔSTER!!! NO MAIS... SEM MAIS!!! #SEGUEAVIDA #SEGUEOJOGO #SEGUEMEUPAL #FINITO #CAZZO #PÁS #HEHEHE #AVANTI