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A grande estrela da noite foi Dudu. Homenageado da noite por completar 300 jogos – recebeu da diretoria (presidente Maurício Galiotte, vice-presidente Paulo Buosi e assessor-técnico Edu Dracena) uma camisa com o número alusivo às suas partidas – o craque também fez gol determinante para abrir caminho para a vitória alviverde; este foi o 70º gol do camisa 7 pelo Maior Campeão do Brasil. A marca de 300 partidas, aliás, é um privilégio para poucos (além do Baixola, como é carinhosamente chamado, apenas outros 32 jogadores ultrapassaram essa barreira em toda a história centenária da agremiação palestrina).



Vale lembrar que Dudu é considerado o rei do Allianz Parque, levando em conta o período em que a casa palmeirense foi inaugurada com este nome, em 2014, na forma de uma moderníssima arena. Dudu é quem mais jogou no estádio (125 vezes), mais venceu (89 triunfos), mais fez gols (balançou as redes 33 vezes com este diante do Guarani) e mais serviu seus companheiros (concedeu 33 assistências), além de ser o maior artilheiro do Gol Norte (com 13 tentos) e do Gol Sul (com 20 bolas na rede).



Sem dúvida, Dudu foi a estrela da noite, mas Willian Bigode voltou a ser destaque em mais um jogo do Verdão. Apesar de não ter marcado diante do Guarani, ele deu a assistência para o próprio Dudu brilhar no primeiro tempo e balançar as redes. Com essa assistência, aliás, Willian salta da 5ª para a 4ª posição da lista dos maiores garçons do Allianz Parque, inaugurado em 2014, ao lado de Marcos Rocha: são 9 assistências ao todo. Roger Guedes e Robinho dividem o segundo e terceiro posto, empatados, com 10 assitências (porém, ambos considerados segundos colocados), e Dudu segue como principal garçom, com incríveis 33 passes a gol – inclusive, é o mesmo número de bolas na rede que possui no estádio.



Willian segue como o artilheiro isolado da competição, com cinco gols em sete jogos, seguido de Boselli, do Corinthians, Camilo, do Mirassol, e Felipe Ferreira, da Ferroviária, todos com quatro. Os gols do camisa 29 nesta edição foram diante do Ituano, na primeira rodada (triunfo por 4 a 0), do Oeste, na terceira rodada – marcou três vezes (outra vitória por 4 a 0) e, por último, sobre a Ponte Preta.



Considerando a temporada de 2020, ao todo, Willian soma seis gols – pois além dos cinco tentos pelo Paulistão, marcou também sobre o New York City na Florida Cup, no início do ano – o Alviverde sagrou-se campeão da competição amistosa internacional.



Assim como Dudu, Willian é outro que já entrou para a história do Palmeiras. Neste ano, o atacante já tinha ultrapassou Valdivia em número de gols e se tornado o 3º maior goleador palmeirense neste século: o chileno marcou 41 vezes. Atualmente, o camisa 29 soma bolas na rede pelo Verdão e, nesta lista, está atrás apenas de Vágner Love (54 gols) e de Dudu (70 gols).



A história de Willian, aliás, não para por aí. Além de ser o 3º artilheiro do Século XXI, dentre os atletas que mais fizeram gols em toda a história palmeirense, em todos os tempos, Willian, com seus 44 gols, é o 63º colocado, ao lado do ídolo Ministrinho, craque das décadas de 20, 30 e 40. O líder neste quesito é Heitor Marcelino Domingues, com 317 gols, entre 1916 e 1931.



E não são só os jogadores. O técnico Vanderlei Luxemburgo, após o jogo de hoje, melhorou seu retrospecto diante do Guarani que já era altamente proveitoso: já contanto o jogo desta noite, são 15 vitórias em 19 jogos disputados, com um empate e três reveses sofridos. O primeiro duelo de Luxemburgo diante do Bugre aconteceu em 29/04/1993, com triunfo por 3 a 0 pelo Campeonato Paulista (Antônio Carlos, Edmundo e Zinho fizeram os gols); já o mais recente, antes desse, havia sido com a vitória por 1 a 0 em 28/02/2009, também pelo Estadual (Deyvid Sacconi balançou as redes adversárias).



No Palestra Italia, os números de Luxemburgo também são avassaladores. O retrospecto de Luxa na casa palmeirense (considerando todas as formas físicas do estádio, inclusive o Allianz Parque) é surpreendente! Ele é o treinador que por mais vezes dirigiu o Verdão no local em todos os tempos e também quem mais acumulou vitórias pelo clube: 146 jogos e 116 triunfos (outros 19 jogos terminaram empatados e apenas 11 com revés), seguido de Oswaldo Brandão (130 jogos e 96 vitórias). Na casa esmeraldina, portanto, o professor acumula um incrível aproveitamento de pontos de 84%, com um baixíssimo percentual de derrota de apenas 8%.



Atualmente em sua quinta passagem, Vanderlei Luxemburgo soma 383 partidas à frente do Palmeiras, acumulando 233 vitórias, 83 empates e 67 derrotas. Tetracampeão paulista pelo Alviverde (1993, 1994, 1996 e 2008), Vanderlei é o treinador que mais levantou canecos do Estadual pelo clube, ao lado de Oswaldo Brandão (que faturou os de 1947, 1959, 1972 e 1974). Ambos também são os maiores campeões da história do clube, com sete títulos cada um (Luxa soma os Brasileiros de 1993 e 1994 e o Rio-São Paulo de 1993, enquanto Brandão levou os Brasileiros de 1969, 1972 e 1973).



Com uma série de troféus conquistados pelo Verdão, não é nenhum exagero afirmar que Vanderlei é especialista no Paulistão. Antes dessa, ele disputou cinco vezes o Campeonato Paulista pelo Verdão e conduziu o time ao título quatro delas: em 1993, 1994, 1996 e 2008 (só não ganhou em 2009). Com esse número, o treinador se tornou o comandante com o maior número de canecos estaduais levantados pelo Verdão, ao lado de Oswaldo Brandão, que também venceu quatro (faturou os de 1947, 1959, 1972 e 1974). Vale lembrar que o Supercampeonato Paulista de 2002 não entra nessa conta, já que o torneio, nessa edição, possuía outra fórmula de disputa e seus dados não são contabilizados para efeito de estatísticas junto aos demais.



O comandante esmeraldino já tem no currículo uma coleção de conquistas amistosas pelo Palmeiras. São sete títulos grandes pelo clube: contabiliza-se o bicampeonato brasileiro (1993 e 1994), os quatro campeonatos paulistas (1993, 1994, 1996 e 2008) e um torneio Rio-São Paulo (1993). Somando também os títulos de menor expressão (torneios amistosos e taças únicas), são 17 conquistas no total. São cinco canecos válidos por torneios (Copa Brasil-Itália 1994, na Itália, Torneio Lev Yashin 1994, na Rússia, Copa Euro América 1996, em Fortaleza-CE, Copa da China 1996, na China, e a Florida Cup 2020, nos Estados Unidos) e outros cinco válidos por jogos únicos (Taça Reggiana 1993, na Itália, Taça Nagoya 1994, no Japão, e as Taça Jihan, Taça Xangai e Taça Pequim, todas em 1996, na China).



AGENDA



O próximo compromisso do Palmeiras será diante do Santos, na Vila Belmiro, no dia 29/02 (sábado), às 16h – ou seja, só após o Carnaval. O jogo será válido pela 8ª rodada do Campeonato Paulista de 2020.



O JOGO



Sem poder contar com os laterais-direitos Mayke e Marcos Rocha (ambos no departamento médico), Vanderlei Luxemburgo escalou o time com Gabriel Menino dentre os titulares. Com isso, o Verdão com a campo com: Weverton; Gabriel Menino, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Viña; Bruno Henrique, Zé Raphael e Raphael Veiga; Willian, Luiz Adriano e Dudu.



O primeiro tempo ficou marcado pelas boas investidas do Palmeiras contra a equipe bugrina. O Verdão criou as melhores chances e abriu o placar aos 26 minutos de bola rolando, após Willian fazer pela jogada em velocidade, observar o camisa 7 passar à sua direita, escolher conceder o passe; o atacante, com categoria, teve tempo para dominar e tocar na saída do goleiro Jefferson Paulino. (Palmeiras 1×0 Guarani)



O Verdão teve chance de ampliar sua vantagem, mas não conseguiu ser mais cirúrgico em suas finalizações – chegou perto em algumas investidas com Luiz Adriano e Willian Bigode, por exemplo. O maior susto ficou por conta de uma bola surpresa que quase encobriu Weverton. Atento, o camisa 21 do Verdão defendeu de mão trocada a tentativa de Lucas Crispim, aos 43 minutos.



No segundo tempo, o Alviverde seguiu no controle da peleja. Logo no início da etapa derradeira, o duelo ficou com cara de goleada, já que, apenas aos seis minutos, o Verdão tinha um penal a seu favor (Dudu foi derrubado Romércio). O próprio camisa 7 (hoje vestindo a 300) foi cobrar, mas o goleiro Jefferson Paulino acertou o canto e levou a melhor.



As substituições da partida ficaram por conta da lateral-esquerda, quando, aos 18 minutos do 2º tempo o uruguaio Viña, camisa 17, em sua segunda partida pelo clube, precisou ser substituído por Luxemburgo, para a entrada de Victor Luis, camisa 26. Aos 27 minutos, Luiz Adriano deu lugar ao jovem oriundo da base Gabriel Veron no ataque; e, finalmente, aos 37, foi a vez de Raphael Veiga sair para a entrada do zagueiro Luan, que nesta noite atuou como uma espécie de volante, fazendo com que Zé Rafael (então nesta posição) avançasse para a meia.



Nos minutos finais, vale destacar o empenho de Willian e Gabriel Veron. O camisa 29 arriscou alguns chutes e levou muito perigo à meta do Bugre, enquanto o jovem de 17 anos incendiou a partida com sua velocidade e com suas arrancadas. No hall dos mais experientes, Felipe Melo fez mais uma boa partida na zaga, vestindo a braçadeira de capitão – originalmente meio-campista, Melo vem desempenhando a função de zagueiro desde o início de 2020 com o técnico Luxemburgo.

















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