A vitória magra por 1 a 0 sobre o Cuiabá, na noite da última segunda-feira, no encerramento da 17ª rodada do Brasileirão, representou duas coisas ao Palmeiras: uma resposta imediata após a eliminação no meio de semana na Copa do Brasil e a confirmação da obsessão pelo título brasileiro.
É difícil afirmar que um time que sofreu apenas cinco derrotas em sete meses vivia uma pressão. Mas fato é que os três jogos sem vencer no Brasileirão e a eliminação nos pênaltis para o São Paulo pediam uma resposta do Palmeiras, jogando num Allianz Parque lotado (mais de 39 mil torcedores) contra um rival que briga na parte de baixo da tabela.
E o que poderia parecer um enredo fácil de ser contado, com uma vitória fácil e a reabilitação sem maiores sustos, tornou-se em determinados momentos um drama de um time que não conseguia romper a forte barreira imposta por um adversário que jogou para não perder.
O primeiro tempo do Palmeiras contra o Cuiabá não foi bom. Preso ao improviso de ter que atuar também como centroavante, Raphael Veiga deixou de fazer o que sabe de melhor: tirar o time do sufoco e da mesmice no meio-campo, sendo o principal articulador, ainda mais em jogos contra um adversário fechado.
Sem a boa presença ofensiva de Marcos Rocha e a reconstrução de Zé Rafael no meio, o Palmeiras acabou se tornando um time fácil de ser marcado pelo Cuiabá, que entrou com três zagueiros e conseguiu ir para o intervalo sem sofrer gols.
Além do mérito do adversário, é preciso ressaltar que o time de Abel Ferreira em certo momento aceitou a marcação. E ajudou o Cuiabá a travar o jogo. Mesmo assim, o Palmeiras chegou ao ataque com certo perigo pelo menos três vezes – uma delas com bola na trave de Mayke.
No segundo tempo, o Palmeiras levou apenas quatro minutos para quebrar a marcação do Cuiabá e sair na frente no placar. Mayke recuperou a bola no meio-campo e serviu Gabriel Veron, que fez o que não conseguiu fazer contra o São Paulo no meio de semana pela Copa do Brasil: uma bela arrancada e um chute sem chance de defesa para Walter. E foi só.
A vitória deixa uma importante lição ao Palmeiras: será preciso jogar cada partida do Brasileirão com o mesmo espírito que o time tem na Libertadores, diante de adversários que também jogarão em sua maioria retrancados e deixando o jogo propositivo para o Verdão.
Sem a Copa do Brasil, o desgaste físico pode ser menor. As chegadas de reforços, como Merentiel e López, devem dar ainda mais sustentação ao Palmeiras no plano de ser campeão brasileiro novamente.
Serão mais três jogos pelo Brasileirão antes do início das quartas de final da Libertadores contra o Atlético-MG, que deve ser o grande rival na briga pelo título brasileiro. Jogos preciosos para o Palmeiras também pensar em novamente garantir uma gordura para encarar com mais tranquilidade a busca pelo tricampeonato sul-americano.
Não há como esconder: o título brasileiro é uma obsessão para Abel Ferreira, que quer aumentar ainda mais sua galeria de conquistas à frente do Palmeiras. E provar a si próprio que pode vencer um campeonato de pontos corridos.
Palmeiras, 2022, Campeonato Brasileiro
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Todos que vem jogar no Allianz jogam.por uma bola, até times considerados grandes, jogam como time pequeno. Todos vem retrancados formando uma linha de cinco. Fica difícil romper essas barreiras, por isso o Palmeiras tem tantas dificuldades, além de não ter um matador na frente, é difícil achar uma referência no ataque. Agora, com a entrada dos dois centroavantes de oficio, pode ser qu a coisa fique um pouco mais fácil. É preciso dar um tempo pros caras se conhecerem em campo e se entrosarem, aí fica mais fácil e o time não precisa se matar tanto em campo.