Valdívia é um dos poucos jogadores do Palmeiras que se sobressai tecnicamente.Foto: Miguel Schincariol/LANCE!Press
Nos últimos anos, o Palmeiras tem se especializado em decepcionar os torcedores. Após o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, em 2012, os palmeirenses esperavam que o clube utilizasse aquela tragédia como aprendizado para os anos subsequentes. Entretanto, na prática não foi o que se viu.
Após realizar uma campanha tranquila na Série B, aonde venceu 24 dos 38 jogos, o Palmeiras retornou à Série A do Brasileirão e fez ressurgir nos torcedores a esperança por dias melhores. Porém, uma ilusão enganou os dirigentes do clube, que acreditaram que o time que subiu o Verdão para a primeira divisão, tinha condição de fazer uma boa campanha.
O que se vê, novamente, é o Palmeiras lutando contra o rebaixamento. Atualmente, o clube paulista ocupa a 14ª posição do Campeonato Brasileiro, com 36 pontos, três a mais que o Botafogo, primeira equipe do Z-4 da competição. Falando apenas dos aspectos dentro das quatro linhas, o que teria levado o clube alviverde a uma nova situação constrangedora no Brasileirão?
Reformulação no elenco
Após ser rebaixado, em 2012, o Palmeiras deveria ter reformulando grande parte do elenco, o que teria que ser repetido após o retorno à Série A. Atualmente, seis jogadores que foram rebaixados com o Verdão há dois anos ainda integram o elenco alviverde. Destes, apenas o lateral-esquerdo Juninho e o meia Valdívia são titulares.
Os goleiros Deola e Bruno, o zagueiro Wellington, e o meia Mazinho integram o time reserva do Palmeiras e não têm grande importância no elenco. Sendo assim, por que ainda estão no Palmeiras?
Do elenco que disputou a Série B, ano passado, 15 jogadores permanecem no Palmeiras. Entre eles, há nomes que já caíram no esquecimento dos torcedores, como o lateral-direito Weldinho, por exemplo.
Muitos testes
Que o elenco do Palmeiras não ostenta grande qualidade técnica não é novidade. Mas o fato de ter grande rotatividade pode pegar algumas pessoas de surpresa. Até o momento, 46 jogadores já entraram em campo pela equipe somente no Campeonato Brasileiro deste ano. Destes, somente 11 fizeram 15 ou mais jogos na competição.
Aposta errada
O Palmeiras foi ousado ao anunciar Ricardo Gareca como novo técnico. A aposta pode ter sido boa, mas o momento não era o mais propício. Perdido, o treinador argentino demorou a conhecer o elenco e a se adaptar ao estilo de jogo brasileiro. Indicou vários compatriotas ao clube, sendo que nenhum deles agregou qualidade técnica ao time.
Gareca comandou o Palmeiras em 12 jogos, venceu três, empatou um e perdeu oito. Um aproveitamento pífio de 27,7%. Talvez, o ideal fosse contratar o comandante no início da temporada, onde ele teria tempo para acertar a equipe e enfrentaria adversários menos qualificados nos estaduais.
Com Dorival Júnior, o Palmeiras entrou em campo 13 vezes, vencendo cinco jogos, empatando quatro e perdendo outros quatro. Um aproveitamento melhor, de 48,7%.
O que fazer?
O Palmeiras deve reformular o elenco para a próxima temporada. Jogadores que estão sendo pouco aproveitados, de qualidade técnica duvidosa e com excesso de lesões, podem – e devem – ser revistos. As contratações devem ser pontuais e, como as contas do clube paulista não tem fechado, aproveitar os nomes bons e baratos do mercado, como o volante Thiago Mendes, do Goiás, ou o meia Marcinho, do Vitória, seria o ideal.
Não enxergo uma posição onde o Palmeiras tenha um bom titular e um substituto à altura. Dessa forma, o ideal seria o clube contratar jogadores para todas as posições.
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