Pescarmona não poupou críticas ao atual presidente palmeirense
Wlademir Pescarmona e Paulo Nobre disputam as eleições presidenciais do Palmeiras no próximo dia 29 de novembro. Arrependido de algumas atitudes tomadas no período em que atuou como diretor de futebol (2010), o candidato da oposição acusa o atual mandatário de fazer uso da máquina em sua campanha.
Pela primeira vez na história do Palmeiras, os sócios escolherão o próximo presidente. Regularmente, Nobre vem se reunindo com associados nas dependências da Academia de Futebol, o que motivou uma reclamação formal da chapa de oposição na secretaria do clube.
"(A disputa) é muito desigual. O fato de ele estar usando a Academia é um desastre, não pode fazer isso. O Paulo Nobre é tão candidato quanto eu. Eu, por exemplo, me reuni na churrasqueira da piscina outro dia com 25 sócios, enquanto ele usa a Academia com lanchinho e café. Isso é uma vergonha, completamente irregular e promíscuo", disse Pescarmona em entrevista à Rádio Gazeta.
A assessoria de imprensa do Palmeiras rebateu. "Paulo Nobre recebe os sócios em seu local de trabalho, fora do horário de atividade dos jogadores. Não faz tour pela Academia e utiliza o único espaço em que pode receber, a sala de imprensa. Assim como o Pescarmona usa as dependências do clube para conversar com os sócios, o presidente do Palmeiras dá satisfação aos associados".
A distribuição dos ingressos para o recente amistoso em homenagem a Ademir da Guia no reformado estádio Palestra Itália também causou polêmica - a construtora WTorre e o Palmeiras dividiram as 10 mil entradas. Insatisfeita, a oposição critica Nobre pelo modo de repartir os bilhetes.
"Eu recebi dois ingressos, e a diretoria teve 5 mil para distribuir à vontade de forma eleitoreira. A solução prática seria colocar as entradas à disposição dos sócios nas bilheterias. Estamos muito chateados com essa situação. É uma pena que tenham agido dessa forma e vamos bater muito nisso", disse o candidato. A assessoria de imprensa do Palmeiras preferiu não se manifestar oficialmente sobre o tema.
Wlademir Pescarmona exerceu o cargo de diretor de futebol de setembro de 2010 a janeiro de 2011 e chegou a entrar em atrito com o chileno Jorge Valdivia. O período foi marcado pela eliminação diante do Goiás na semifinal da Copa Sul-americana. A experiência na função, conta o candidato, serviu para fazê-lo amadurecer.
"Eu aprendi muito naqueles meses. A Sul-americana era a última esperança de título e senti que dentro do elenco havia uns dois ou três jogadores que não estavam agindo da maneira correta. Por isso, acabei extravasando. Hoje, não faria assim. A experiência me mostrou que aquilo foi uma coisa mais de torcedor do que de dirigente", afirmou.
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