Paulo Nobre seguirá com política de austeridade se for reeleito
Perto do fim de seu mandato, e concorrendo à reeleição, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, avaliou que seus dois anos à frente do clube foram positivos para reequilibrar as finanças alviverdes. No entanto, ele reconhece que sua política de austeridade não ajudou a elevar sua popularidade.
"Quando você é presidente, tem que fazer uma estruturação. Sempre dou exemplo de um prédio: você não começa construindo da terra, tem que fazer a fundação antes para construir o prédio em cima. Muita das coisas que eu gostaria de fazer necessitaram uma estrutura antes, uma fundação. Fizemos esse trabalho nesses dois anos, e os frutos virão a médio e longo prazo", disse Nobre, em entrevista à ESPN.
"Muitas pessoas não se dedicam a isso, porque não vai dar Ibope. Mas como presidente, tenho que pensar na instituição. Queremos um Palmeiras melhor, e quero que as próximas gestões encontrem o clube em uma situação melhor que a que eu encontrei", completou.
Na eleição, Nobre concorrerá com Wlademir Pescarmona. Caso vença e siga seu mandato à frente do time do Palestra Itália, o atual mandatário já avisou que não "venderá ilusão", mantendo sua política de controle.
Para exemplificar, o atual presidente citou o caso do Campeonato Brasileiro de 2009, quando o Palmeiras, na gestão Luiz Gonzaga Belluzzo, gastou milhões para contratar jogadores de peso, como Vagner Love, e o técnico Muricy Ramalho, em busca do título. No fim da contas, saiu tudo errado, e a conta veio com juros anos depois.
"Sou presidente hoje e estou candidato, mas não vendo ilusão. Se for eleito, continuarei o mesmo Paulo Nobre de sempre", prometeu.
"Não adianta nada brigar por um título e, oito anos depois, continuar pagando a conta dessa briag. A máquina precisa girar, claro, mas se você faz populismo tentando ser campeão a qualquer custo, trazendo jogadores fora da condição do clube, você pode ganhar ou não ganhar, mas uma coisa fatalmetne vai acontecer: a conta vai ter que ser paga. Não posso dar um passo maior que a perna", argumentou.
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