Para substituir os suspensos, Abel Ferreira optou por Gabriel Menino como primeiro volante, e José López como a referência do ataque, tendo Dudu e Rony nas pontas. Ambos não tiveram atuação de destaque à altura dos titulares. Contudo, a irregularidade mais sentida, principalmente no primeiro tempo, foi no sistema defensivo.

O Palmeiras até iniciou o jogo com bom controle das ações e teve uma oportunidade claríssima desperdiçada por López, que poderia ter mudado o roteiro do jogo. O Athletico-PR chegou com perigo logo depois com bicicleta de Alex Santana, que mandou por cima.

O primeiro momento de desatenção da defesa palmeirense aconteceu aos 13 minutos, quando Hugo Moura venceu Marcos Rocha com facilidade e cruzou rasteiro. Gómez se atrapalhou ao fazer o corte e só não marcou contra porque Weverton fez grande defesa.

Fortaleza da equipe na maior parte da temporada o sistema defensivo concedeu espaço para o time da casa chegar com ataques velozes, principalmente pelo lado de Piquerez. Em uma dessas jogadas, o Athletico-PR abriu o placar aos 22 minutos, aproveitando o vacilo palmeirense. Khellven chegou com facilidade na linha de fundo e cruzou para a área. Murilo afastou mal, deixou o jovem Vitor Roque, de apenas 17 anos, dominar dentro da área e cruzar para Alex Santana, que foi pouco incomodado antes de finalizar abrir o placar.

Depois do gol adversário, o Palmeiras voltou a ter mais a posse, mas não conseguiu transformar volume ofensivo em gols. Com Raphael Veiga apagado e o trio de ataque com funções táticas diferentes, a equipe sentiu a ausência de Gustavo Scarpa, principal garçom da equipe na temporada.

Além da capacidade de criação e dos bons passes do meia-atacante, o Palmeiras poderia levar mais perigo nas bolas paradas com o camisa 14 em campo. Arma importante da equipe na temporada, este fundamento também não foi bem explorado na Arena da Baixada.

No segundo tempo, Abel Ferreira ainda foi forçado a sacar Raphael Veiga do jogo, depois de o meia sentir o tornozelo e pedir para ser substituído. Nem mesmo a expulsão de Hugo Moura, aos 24 minutos, permitiu que o Palmeiras chegasse ao gol de empate. O cenário se repetiu, com a equipe apresentando bom volume na intermediária adversária, mas sem conseguir transformar em chances claras.

Sem Danilo, que terá que cumprir o seu segundo jogo de suspensão, a tendência é que Gabriel Menino siga como primeiro volante no jogo de volta, já que não comprometeu. Já no setor ofensivo, Veiga pode preocupar, já que precisou deixou a Arena da Baixada com uma bota imobilizadora. A boa notícia é o retorno de Scarpa, mas Abel terá que definir qual peça irá substituir o camisa 23. López pode ser acionado novamente, para tentar se redimir, mas Bruno Tabata e Wesley também são opções para o treinador.

Para reagir e reverter o placar do jogo de ida, o Palmeiras vai precisar elevar o nível de atuação no Allianz Parque, com o apoio de seu torcedor. A solidez defensiva precisa voltar, como foi o padrão durante a temporada. Além disso, o volume ofensivo terá que ser convertido em gols, já que só a vitória interessa para buscar a vaga na grande final, em busca do terceiro título consecutivo.



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