Mazinho comemora único gol do jogo: alívio para o técnico Dorival Júnior (Foto: Getty Images)
O Palmeiras conseguiu segurar a pressão do Bahia, na Arena Fonte Nova, em Salvador, neste domingo, e venceu por 1 a 0, com gol de Mazinho. Mas não foi fácil. No fim, o time voltou a passar sufoco, mas não sofreu o empate nos minutos finais, como nas partidas diante de Cruzeiro e Corinthians - ambas terminaram 1 a 1.
O técnico Dorival Júnior admitiu que lembrou desses dois resultados quando o Verdão era pressionado pelo Tricolor e temeu pela repetição da história.
– Vínhamos de duas atuações nas quais sofremos o gol no fim. É um resultado que tem uma valorização grande pela maneira como conquistamos. O Bahia procurou o gol e deixou o jogo franco. Esse seria o problema maior: reviver novamente uma situação três jogos seguidos. Seria complicado. Passou um filme – disse o treinador.
Com a vitória, o Verdão chegou aos 39 pontos, na 13ª posição, e abriu cinco para o Coritiba, primeira equipe dentro da zona de rebaixamento, em 17º. Agora, o time se prepara para encarar o Atlético-MG, sábado, em jogo inicialmente marcado para o Pacaembu. O clube ainda tem esperanças de inaugurar a nova Arena nesta partida. Contra o Galo, o Verdão não terá Wesley, suspenso, mas contará com os retornos de Henrique e Juninho, que cumpriram suspensão diante do Bahia.
Confira os principais trechos da entrevista do técnico Dorival Júnior:
NÃO SOFREU GOL NO FIM
Foi importante. Era chave vencer aqui. Antes da partida colocamos dessa maneira, sobre a importância que uma vitória teria. E aconteceu. É um momento oportuno da competição. O time precisava de uma confirmação, por conta de a rodada ter sido favorável. Vínhamos de duas atuações nas quais sofremos o gol no fim, o que nos complicou. Perdemos aquela arrancada inicial. É um resultado que tem uma valorização grande pela maneira como conquistamos. O Bahia procurou o gol e deixou o jogo franco desde o início.
MINUTOS FINAIS
Esse é o problema maior: reviver novamente uma situação dessa em três jogos seguidos é complicado. Passou um filme. Lembrei dos dois últimos jogos, nos quais nos últimos momentos aconteceu o que não queríamos, até pela postura que o time teve. Mas fico satisfeito pelo que vi hoje: novamente um time vibrante e buscando o gol a todo momento. Marcamos muito. Isso é o que mudou muito no Palmeiras: essa busca pela posse de bola. Foi um jogo nervoso e truncado, mas leal. As defesas prevaleceram. A partir dos 15 minutos nos posicionamos melhor. No segundo tempo definimos a marcação de uma maneira diferente e conseguimos um crescimento que manteve o jogo sobre controle, mesmo com o perigo do Bahia.
CONFUSÃO COM WESLEY
Um tumulto desse é difícil. Nunca se sabe quem tem razão. Só tentamos apartar, porque é desnecessário. Foi um jogo leal, sem pontapés. Não tinha necessidade de finalizar o jogo com a postura que alguns atletas tiveram. Não soa bem. O futebol brasileiro tem de se recuperar. E precisa haver mais lealdade entre os profissionais.
DISTÂNCIA DA ZONA DE REBAIXAMENTO
Não temos o direito de relaxar em momento algum. Estamos em uma situação difícil, próximos de uma zona que incomoda e afeta. Se tivesse perdido aqui, estaríamos mais próximos ainda. Acho que em razão da rodada ter sido favorável e do Palmeiras ter feito a sua parte, demos um passo importante, mas não definitivo. Temos de estar mobilizados para não levar até os últimos jogos a definição sobre a permanência. Precisamos estar concentrados.
PARTICIPAÇÃO DO TÉCNICO NO GOL
Quem tem participação grande são os jogadores. O time mudou de postura e por isso melhoramos. Fico contente com a participação desses jogadores no gol. Mas o mais importante é que fizemos um jogo digno do que o Palmeiras precisava. O gol do Mazinho foi fundamental, mas em um todo estamos ganhando. Os atletas que ficam fora também têm sido fundamentais.
3558 visitas - Fonte: Ge