- Conversando com os jogadores, eles dizem que a vantagem é a segurança que têm quando recebem uma bola, lançam, pois não precisam olhar o chão para correr. Correr sem olhar para o chão ganha tempo, porque eles têm certeza que não vão achar buraco, desnível, o que é natural acontecer com a grama natural. O jogador precisa olhar o chão para não ter lesão. Os jogos no Allianz Parque são bonitos, bem jogados, a bola rola, têm estádios que a bola para. Isso eles (jogadores) observam com alguma vantagem, fazendo com que o talento dos jogadores sobressaia. O elenco do Palmeiras é muito bom. Jogar lá dentro (do Allianz Parque) contra eles (Palmeiras) é muito difícil - disse Alessandro, em contato exclusivo com o LANCE!.

No ano passado, o Palmeiras perdeu apenas duas partidas em casa, contra Ceará e Athletico-PR, pelo Campeonato Brasileiro. A competição de pontos corridos foi conquistada pelo Verdão, com a confirmação do título ocorrendo no estádio do Alviverde, pela 35ª rodada. O Palestra também venceu a Recopa Sul-Americana na sua arena, ainda no primeiro semestre, ao bater o Furacão por 2 a 0 no jogo definitivo.

Além dos 35 jogos do elenco profissional, os palmeirenses receberam confrontos do sub-17, sub-20 e da equipe feminina no Allianz Parque. Juntando as três categorias, foram 15 partidas disputadas na arena palmeirense. No gramado sintético, os garotos da base conquistaram a inédita Copa São Paulo de Futebol Júnior, enquanto as palestrinas venceram o Paulistão. Em ambas as ocasiões o adversário foi o Santos.

- Essa quantidade de jogos que estamos falando em 2022 não teve na pandemia, mas teremos mais nos próximos anos, e a grama estará lá, linda e maravilhosa. (O gramado) Vai ser testado, como vai ser agora, para entregar a precisão que entregamos. No final, o que a gente quer é que o equipamento funcione. E o que é o equipamento funcionando? Terminar o jogo sem lesões e ninguém vai falar do equipamento. Hoje termina um jogo no Allianz Parque e ninguém fala da grama sintética. Antes, terminava o jogo com grama natural e muito se falava, porque não dava pra suportar - comemorou Alessandro Oliveira.

Desde que a grama sintética foi inserida no Allianz Parque, em fevereiro de 2020, não houve registro de atletas, seja do Palmeiras ou qualquer adversário, que se lesionaram no estádio.

E mais do que comemorar o desempenho esportivo, a Soccer Grass exalta a possibilidade que dá para o Palmeiras gerar receitas. Com a grama bem tratada, as chances de reservar o estádio para eventos aumentam. Em 2022, grandes nomes da música internacional se apresentaram no estádio palmeirenses, como Michael Bublé, Harry Styles e a banda Kiss.

- Quando você coloca a grama sintética, você pode ativar em shows, eventos, locações e gera receitas. Isso para o clube é muito interessante. Eu não sei ao certo quanto custa uma locação no Allianz, mas, vamos lá, que seja 400 ou 500 mil reais, você pode alocar quantas vezes no ano, 10, 15, 20 30? Sabe quantas vezes se usa o Morumbi? Se pegar o quanto joga, você tem 40 datas e mais uns 300 dias. Hoje o Allianz Parque vai ativando uma série de outras coisas - exalta Alessandro, que acrescenta.

- Assim, a conta, quando você põe na ponta do lápis, é fabulosa. Você tem economia de manutenção, pode jogar sempre. Antigamente, se você chegava perto da grama natural, se pisasse, ia ter um cara que te daria até tiro (disse em tom de brincadeira). Agora no Allianz fazem até desafio de cobrança de pênaltis com as pessoas que fazem o tour. Quando que você vai conseguir fazer isso com a grama natural? Isso é gerar receita. E, no final, também estamos entregando performance melhor que muitos estádios do Brasil.

Além da possibilidade de gerar receitas com shows e outros eventos, a temporada passada foi importante para que o Palmeiras utilizasse o Allianz Parque para fazer dinheiro com o futebol. O estádio teve a sua melhor média de público desde o ano da fundação, com 34.180 pessoas por partida. No total, 1.196.307 torcedores passaram pela arena.

O ano de 2022 recebeu o recorde de público do Verdão nas categorias profissional, sub-20 e femininio. Foram 41.361 palmeirenses que estiveram na eliminação do clube alviverde na Copa do Brasil, perdendo nos pênaltis para o São Paulo, após vitória por 2 a 1, no tempo normal. No título da Copinha, contra o Santos, 20.814 torcedores palestrinos estiveram no Allianz. E 20.071 pessoas compareceram ao estádio para acompanhar o triunfo palmeirense também sobre o Peixe na decisão do Campeonato Paulista de futebol feminino.

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