Há mais de dois anos no Brasil, Abel Ferreira acumula trabalho e títulos

O palmeirense jamais vai esquecer da jornada de Abel Ferreira no clube. De fato, ela vem sendo épica. Proveniente do PAOK-GRE, com poucas pessoas sabendo quem era aquele português, o comandante alviverde se tornou o melhor técnico em atividade no Brasil, conquistando títulos, potencializando jogadores, estabelecendo algumas polêmicas e até com direito a coro por seu nome na Seleção Brasileira. Quem diria que naquele início de novembro de 2020 tudo isso teria acontecido com Abel e o Verdão.

São seis títulos conquistados desde então: duas Libertadores (2020 e 2021), sendo uma em cima do Flamengo, uma Copa do Brasil (2020), um Brasileirão (2022), um Paulistão (2022) e uma Recopa (2022). Sem contar as finais disputas e perdidas: Supercopa (2021), derrotado pelo Flamengo, Recopa (2021), Paulistão (2021) e Mundial (2021). Sim, Abel poderia ter ficado com dez títulos em pouco mais de dois anos de trabalho no Palmeiras. A jornada do herói está escrita, não tem jeito.

Difícil comparar essa trajetória com qualquer outro treinador que for para o embate com Abel, mas quando do outro lado está um português, o duelo é inevitável, especialmente quando se trata de um Palmeiras e Flamengo, o maior confronto do país na atualidade, com direito a decisões de título, partidas épicas por Brasileirão e uma rivalidade em plena ascensão. E Abel gosta muito desses jogos. Ganhando ou perdendo, o palmeirense sabe o quanto seu ídolo se prepara para essas coisas.

Apesar desse confronto acirrado entre os clubes, os duelos entre Abel Ferreira e Vítor Pereira não foram tão equilibrados assim. Quando VP estava no Corinthians, em 2022, eles se enfrentaram três vezes, com três vitórias do Verdão, seis gols marcados e apenas um sofrido. Uma das partidas, aliás, foi um "amasso" palmeirense que poderia ter culminado em uma goleada histórica. Acontece que com o elenco do Flamengo, a história deve ser outra bem diferente, mas o histórico está aí.

Vítor Pereira em busca daquilo que "o trouxe de volta" ao Brasil

Ao ser apresentado como técnico do Flamengo, menos de um mês depois de despedir-se do Corinthians, Vítor Pereira deixou claro o motivo que o fez ficar no futebol brasileiro por mais uma temporada: a expectativa real de títulos. O primeiro pode ser conquistado ainda no primeiro mês no Ninho. O português começou a trabalhar com o elenco do Flamengo no dia 2 de janeiro.

Serão sete troféus em disputa na temporada do Flamengo, e, talvez, o da Supercopa do Brasil esteja entre os de menor impacto ao fim de 2023. Contudo, o nível de cobrança no clube é proporcional ao da expectativa e, portanto, uma vitória neste sábado se desenha como o pontapé inicial perfeito para Vítor Pereira. Ainda mais por tratar-se do clube que rivaliza com o Rubro-Negro há tantos anos.

Em 2020, Jorge Jesus comandou a equipe que venceu o Athletico e conquistou a Supercopa. Em 2022, Paulo Sousa era o português na área técnica rubro-negra, e o título ficou com o Atlético-MG, nos pênaltis. Sem interesse nas inevitáveis comparações com os compatriotas, Vítor Pereira quer colocar novas características no Flamengo para marcar seu nome como campeão na história do clube da Gávea, assim como fez pelo Porto, pelo Olympiacos (GRE) e pelo Shanghai Port (CHN).

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