Mas, para além da força aérea, a bola parada do time de Abel Ferreira é uma arma poderosa para deixar o jogo a cara desse Palmeiras. Em 11 jogos este ano, o Verdão abriu o placar três vezes em escanteios.

A terceira vez foi contra o Bragantino, na última quarta-feira, quando Rony (em seu quarto gol de cabeça) marcou em cruzamento de Raphael Veiga e fez o primeiro de um jogo duro, que seria definido só nos acréscimos por Breno Lopes.

Desde a chegada de Abel ao Verdão, foram 24 jogos com placares abertos pelo Palmeiras em cobranças de escanteios. E bola parada no geral (pênaltis, faltas diretas, faltas indiretas e escanteios), o número sobe para 41 - com bola rolando foram 80 vezes.

Essa tendência se repete com mais frequência desde 2021. Naquele ano, ampliando para bola parada no geral, o Palmeiras saiu à frente do marcador 11 vezes. Em 2022, o número aumentou para 21.

Este ano, em cobranças de escanteio, o Verdão ficou em vantagem no clássico contra o Santos, no Morumbi. Naquela partida, o rival palmeirense teve um começo um pouco melhor, mas viu o time de Abel abrir o placar na jogada já conhecida.

Mesma situação do jogo contra o Água Santa, fora de casa, onde o gol de Rony, em novo cruzamento de Veiga, garantiu a vitória ao Verdão.

Para Alexandre Lozetti, comentarista da Globo, o Palmeiras de Abel Ferreira tem em sua bola parada uma das principais armas do futebol brasileiro.

– Quando um time poderoso enfrenta uma equipe de menores tamanho e orçamento, o grande ponto de ruptura do jogo é o primeiro gol. Até que os favoritos consigam marcá-lo, tudo tende a ser mais difícil.

Quanto mais o tempo passa, mais aleatória fica a partida, inclusive com chances em contra-ataques para quem está se defendendo. Uma das formas mais recorrentes no mundo de destravar esse tipo de confronto é com a bola parada.

– Quem é eficaz tem vantagem, e o Palmeiras é muito. Não se trata apenas de unir a qualidade da batida de Gustavo Scarpa, Raphael Veiga, entre outros, com a imposição física e a impulsão de Gómez, Murilo, etc.

Tem a ver com estratégia, estudo, bom posicionamento e repetição em treinamentos. Assim, até Rony, que nem alto é, consegue decidir nesse tipo de jogada. O Palmeiras não seria tão forte como é sem a bola parada excelente que tem – completa o comentarista.

Defensivamente, o gol palmeirense não tem sofrido muito com jogadas aéreas. O Palmeiras só levou um gol de escanteio nesta temporada contra o Corinthians, em uma bola que sobra para Gil chutar forte de dentro da área.

Mais notícias do Palmeiras

Notícias de contratações do Palmeiras
Notícias mais lidas