Na primeira atividade do dia, Abel Ferreira e sua comissão técnica separaram dois times e orientaram posicionamento e movimentações. Em seguida, o elenco foi dividido em três equipes para uma atividade técnica de jogos curtos em campo reduzido.

Após o término do treino, Abel reuniu todos os jogadores no centro do gramado e deu a notícia da convocação aos atletas. O goleiro tem sido convocado frequentemente e disputou a Copa do Mundo do Qatar, no ano passado. Já Rony e Veiga vestirão a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez na carreira.

"Quando o Abel reuniu o elenco, eu não sabia o que estava acontecendo, mas já queria chorar. Estava pressentindo que ele ia falar algo do tipo. Ontem, não consegui dormir, tinha algo me incomodando. Quando ele falou os nomes, você fica sem palavras, sem saber o que fazer, muito emocionado. Sonhei com isso, não tem como não ficar. A ficha ainda não caiu, meus familiares e amigos me ligando, mandando mensagem, agradeço o carinho de todos. Meu avô de 82 anos também, consegui realizar esse sonho antes de ele ir embora, poder me ver com a camisa da Seleção Brasileira. Não tem preço. A emoção é muito grande e espero aproveitar muito esse momento com meus familiares em casa, comemorar bastante e depois continuar o trabalho para chegar lá firme" , afirmou Rony.

"Passa um filme, uma série de coisas que você vivenciou no passado, todas as dificuldades, a desconfiança. Você vê que você conseguiu realizar um sonho de criança, um sonho da família. Não só meus familiares, mas agradeço a Deus, que está me proporcionando tudo isso com ajuda da minha equipe, da comissão técnica, do Abel. Consegui sonhar e realizar esse sonho, vestir a camisa da Seleção, representar meu estado, meu país. Para mim, não foi fácil chegar aonde cheguei, tudo que está acontecendo… você olha para trás e vê o que passou. Deus realiza o impossível, e você deve tudo a Ele. Sem Ele não estaria em um clube que me proporciona realizar sonhos e não estaria vivendo tudo isso. Me sinto um cara muito abençoado e privilegiado de fazer parte dessa família. Todos me ajudaram", disse o camisa 10.

Em grande início de temporada, Rony e Veiga dividem a artilharia do elenco em 2023 com cinco gols marcados cada. Veiga tem ainda seis assistências e é o líder do grupo nesse quesito – seguido justamente por Rony e Giovani, com duas cada. Ambos também são os líderes do elenco em finalizações certas no ano: 11, ao lado de Breno Lopes.

"A gente estava treinando, foi acabando, vi um monte de gente da Comunicação indo para o campo com câmeras e já fiquei ligado (risos). Depois, o Abel juntou todo mundo e avisou o Weverton, que já costumava ir, eu e o Rony. É um motivo de muito orgulho porque sei que tem muita coisa ainda para acontecer, mas chegar à Seleção Brasileira é um nível muito alto no futebol. É um sentimento de muita felicidade e gratidão a Deus e a todos que me ajudaram a chegar até aqui", afirmou Veiga. "Os momentos que mais vieram à minha cabeça foram os que eu estava na base do Coritiba, quando ficava na fase de indefinição entre a base e o Profissional, e eu tinha o costume de ir para o terceiro anel da arquibancada do Couto Pereira e ficava pensando na vida, se tudo isso ia valer a pena, se ia dar certo, fazia minhas orações… Eu lembrei muito disso", continuou.

"Seleção Brasileira é algo que todos que jogam bola tem esse sonho. Vestir a camisa amarelinha, como o povo fala, é o ápice, porque para vestir você tem que estar em um nível muito bom no clube. Era um sonho, que eu sabia que era para ser atingido a longo prazo, desde pequeno. Chegar a esse momento agora é um motivo de muita alegria e gratidão. É saber que tudo que fiz valeu a pena", completou o camisa 23.

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