Diego Souza foi contratado este ano pelo Sport
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Nos últimos anos, a rivalidade entre Palmeiras e Sport, adversários na noite desta quarta-feira, às 22h (de Brasília), na inauguração da nova arena alviverde, foi apimentada. E Diego Souza, hoje no Leão da Ilha, certamente é um dos principais nomes dessa história. Com 38 gols em 142 jogos pelo Verdão, o meia do time pernambucano vivenciou o ápice dos duelos entre os times: os duelos da Copa do Brasil 2008 e da Libertadores de 2009.
O Sport eliminou os paulistas nas oitavas de final da competição nacional, mas levou o troco no ano seguinte, quando o Palmeiras foi algoz na principal competição sul-americana e, de quebra, sacramentou o rebaixamento do time pernambucano para a Série B. A torcida rubro-negra tem viva na memória o golaço de Diego na vitória palmeirense dentro da Ilha do Retiro, na primeira fase da Libertadores. Este ano, antes de acertar com o Leão, o jogador foi procurado pelo Palmeiras.
- Tenho uma passagem muito boa pelo Palmeiras. Foi um dos clubes que me projetou e me levou à seleção brasileira, mas passou. O que aconteceu faz parte do passado. Estou procurando escrever capítulos de uma nova história e espero ter uma passagem bonita pelo Sport. Quero ajudar o Sport a vencer e, se possível, marcando um gol. O primeiro gol do estádio, quem sabe. Afinal, essa é a minha função. Mas, se fizer o gol, não comemorarei. Se fosse na Ilha do Retiro, diante do meu torcedor, comemoraria. Mas no estádio do Palmeiras, não comemorarei por respeito ao que vivi. Porém, a vontade de querer marcar não muda - falou o meia.
Preocupado em não acirrar a rivalidade entre as equipes, Diego Souza disse que a partida desta quarta-feira não pode ser comparada com os duelos da Libertadores e Copa do Brasil. Principalmente pelo fato de os dois clubes estarem lutando por objetivos diferentes.
- Vivi a rivalidade entre os dois clubes em 2008 e 2009, quando a gente jogou uma série de vezes e vários jogos decisivos. Agora a história é outra, creio que não terá essa rivalidade toda. Para o Palmeiras, o jogo é de festa e de tensão, pois eles precisam ganhar para se afastar da zona de rebaixamento. Para nós, os três pontos nos deixa perto da Sul-Americana. Então, creio que não teremos essa rivalidade toda. Creio que já passou
Golaço
Embora queira deixar a relação com o Palmeiras no passado, Diego Souza não escondeu o entusiasmo por participar da inauguração no novo estádio do clube e fez questão de relembrar o que, para ele, foi um dos momentos mais marcantes do antigo Palestra: o gol do meio de campo, marcado contra o Atlético-MG, em 2009.
- Será um jogo muito importante, é a inauguração do novo estádio do Palmeiras e isso ficará marcado. Mas já tenho o meu nome marcado pelo clube. Fiz o gol mais bonito da minha carreira aqui, do meio de campo, contra o Atlético-MG, e ganhei uma placa por isso. Tenho uma placa no Palestra, por fazer um dos gols mais bonitos do estádio e isso não muda.
Rasteira
Outro momento marcante de Diego no estádio foi na semifinal do Paulistão de 2009, no jogo contra o Santos. Ele foi expulso ao se desentender com o zagueiro Domingos, que acabara de entrar, e ficou enlouquecido de raiva. Voltou ao campo e deu uma rasteira no adversário antes de descer para o vestiário, ovacionado pela torcida.
Porém, no início do ano seguinte, também foi no Palestra que ele iniciou seu processo de saída do clube, ao discutir com torcedores e fazer gestos ofensivos a eles durante uma partida. Ele deixou o Verdão em baixa com os alviverdes. E essa relação ficou ainda pior quando ele jogava pelo Vasco, em 2012, e perdeu, na frente de Cássio, o gol que eliminaria o Corinthians da Libertadores daquele ano, a qual o rival acabou conquistando. Diego Souza é colocado pelos palmeirenses até hoje como o grande vilão pelo fim do jejum do Alvinegro na competição.
Principal jogador do Sport, o camisa 87 rubro-negro acredita que também o fato de ter preterido o Palmeiras fará com que a torcida não o perdoe durante a partida. Reação que, segundo Diego Souza, não o abalará.
- Certamente serei muito vaiado e quando pegar na bola a torcida vai me xingar. Mas isso é normal. Em todos os clubes isso acontece e não será diferente. No entanto, isso não muda nada do que passei aqui. Tenho certeza de que o torcedor do Palmeiras gosta de mim, até pelo que vivi nesse clube.
5004 visitas - Fonte: GloboEsporte