Burnier vê ingressos caros, mas diz que arena do Palmeiras vai bombar

Convidado do "Arena SporTV", jornalista José Roberto Burnier diz que a cidade de São Paulo ganha a partir de hoje um "espaço cultural espetacular"

Arena Palmeiras está pronta para receber Palmeiras x Sport (Foto: Divulgação / WTorre)



O jornalista José Roberto Burnier, da TV Globo, foi o convidado do "Arena SporTV" desta quarta-feira, dia da inauguração da nova arena do Palmeiras, que enfrenta o Sport, às 22h, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Empolgado com as imagens do estádio pronto para o uso, o repórter disse que a casa alviverde "irá bombar".



- São Paulo ganha um espaço cultural espetacular, estive lá várias vezes durante a construção. Li que a empresa que administra a parte de shows quer fazer 240 eventos em 2015, contando os jogos, isso significa que querem fazer de tudo lá: jogos, esportes radicais e até festinha de aniversário. Quanto mais usar, mais arrecadação vai dar. Vai ter Paul McCartney, parece que os Stones vem em março do ano que vem. É uma arena em uma região nobre da cidade, está encaixado em uma região com transporte fácil, com avenidas boas para se chegar, com estacionamento, tem tudo para bombar esse estádio, como se diz na gíria da moçada. São Paulo ganha um palco de espetáculos espetacular, independente de ser o estádio do Palmeiras.



Os torcedores do Palmeiras esgotaram os cerca de 32 mil ingressos que foram colocados à venda para o jogo. As entradas mais baratas custaram R$ 80, enquanto as mais caras saíram por R$ 500. Burnier lamentou o preço cobrado pela diretoria alviverde:



- Os preços são R$ 80, R$ 250 e RS 500. Aqui no Brasil se cobra muito caro por shows, por exemplo. Vem o Paul McCartney e o ingresso que ele cobra aqui é mais caro do que nos EUA, na Europa, não sei se pelos impostos, não sei. Aqui, R$ 500 é 200 dólares. Olha... - comparou.



Também espantado com os valores, o repórter Marcelo Blecher, da rádio Globo, disse que a falta de ingressos mais baratos para os torcedores nas novas arenas é uma coisa que, para ele, não tem uma lógica financeira.



- É uma pena. Claro que é estádio novo, melhor, mais bonito, você oferece mais ao torcedor, a gente é mais bem tratado, é mais fácil de chegar, de sair, de ter acesso a bar e banheiro, não é aquela imundice que era no passado. Mas não entendo você ter 60 mil lugares, colocar 30 mil à venda e ter 30 mil lugares vazios. Não se pode colocar ingressos baratos porque não é rentável. Não me parece inteligente perder 30 mil pessoas. E o torcedor olha o clube de baixo para cima: não tenho 60 reais para ser sócio e mais 50 reais para ingresso. Acho uma pena essa exclusão - disse o jornalista.