Torcida faz a festa na nova casa alviverde (Foto: Marcos Ribolli)
Moderno, imponente, lindo... São inúmeros os adjetivos que podem ser dados ao novo estádio do Palmeiras. Do antigo Palestra Itália, restaram apenas a história gloriosa e a saudade. A inauguração desta quarta-feira, na derrota por 2 a 0 para o Sport, mostrou o quanto o Verdão evoluiu com sua casa. Mas também deixou claro que muita coisa ainda precisa ser feita até que ela esteja completamente pronta.
O primeiro jogo, com a arena lotada, deixou a impressão de que ela passou no teste. Apesar das longas filas do lado de fora, ocasionadas sobretudo por quem chegou pouco antes da abertura dos portões, as entradas funcionaram sem qualquer problema e comportaram bem o grande público. Banheiros, lanchonetes - algumas ainda estavam fechadas -, estacionamento... Todos os itens de "necessidade básica" dos torcedores corresponderam ao que era esperado. Também não faltaram conforto e informações e entretenimento nos dois telões.
Por outro lado, ainda há muito a se fazer até que o estádio fique totalmente pronto. A começar pela parte de acabamento, sobretudo internamente. Andando pelos corredores e por vários setores, é possível ver claramente como faltam várias coisas. Cerca de duas horas antes do jogo, por exemplo, funcionários ainda colocavam uma lâmpada em um dos caminhos. Perto, havia uma grande goteira, na porta de um camarote. Por dentro, a arena ainda tem muita cara de inacabada.
Goteira em porta de camarote na Arena Palmeiras (Foto: Fabricio Crepaldi)
Também houve alguns problemas na parte operacional. O wi-fi só funcionou antes de o jogo começar. Também foi praticamente impossível encontrar sinal de 3G ou da rede de celulares. Quem estava dentro da arena ficou praticamente incomunicável durante a partida. A água para quem trabalhava, como imprensa e funcionários, inclusive do Palmeiras, também foi escassa.
Do lado de fora, problemas no setor da torcida visitante. Com os ingressos esgotados, muitos torcedores foram com a intenção de entrar na área reservada aos rubro-negros. A solução encontrada pela Polícia Militar foi só liberar a entrada de quem tinha documento de Pernambuco. Ou seja: um paulista que torce pelo Sport não pôde ver o jogo.
Outro problema, esse talvez de planejamento na hora da construção, foi com o local de entrada dos ônibus. O normal é pela Rua Turiassu, onde ficam os vestiários. Mas, como ela estava lotada, as duas delegações tiveram de entrar pelo outro lado - na rua Padre Antônio Tomás. Segundo a PM, isso será frequente. Também foi possível ver torcedores pulando as grades tranquilamente e tentando chegar à arena pelo clube.
Filas foram longas, mas sem tumulto (Foto: Marcos Ribolli)
Em resumo, os torcedores foram atendidos naquilo que necessitavam, tanto na entrada, como no conforto para acompanharem a partida. Mas a nova arena deixou a desejar em outros aspectos, que podem ser facilmente corrigidos para os próximos jogos. A festa foi bonita, digna do grande estádio construído. Agora, só falta um time à altura dele e da gloriosa história que o Palestra Itália deixou.
Torcedor pula grade para invadir o estádio (Foto: Fabricio Crepaldi)
Torcida fechou a rua, e ônibus das equipes tiveram dificuldade para entrar no estádio (Foto: Marcos Ribolli)
Bonecos de Ademir da Guia e Marcos, e os dois mascotes do clube, o porco e o periquito (Foto: Marcos Ribolli)
Fogos de artifício anunciam a volta do Palmeiras para casa (Foto: Marcos Ribolli)
Torcida tem boa visão do campo todo (Foto: Marcos Ribolli)
Desespero tomou conta após os gols do Sport... (Foto: Marcos Ribolli)
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