Torcedores se revoltam com a derrota do Palmeiras nesta quarta
O novo estádio Allianz Parque não pode mesmo mudar o presente do Palmeiras. Talvez possa mexer com o futuro. Foi o que este colunista tentou dizer no texto A ERA ALLIANZ PARQUE, publicada no último domingo na Folha de S. Paulo.
O presente é o resultado de uma sucessão de equívocos do passado. Todo mundo sabe que o Palmeiras é um com Valdivia e outro, muito pior, sem ele. Também se sabe como isto é incrível, levando em conta o que Valdivia não fazia antes deste semestre.
Neste ano, se não fosse o meia chileno, a situação do Palmeiras estaria pior. Demonstração disso viu-se na inauguração do Allianz Parque.
A radiografia da crise não está na falência do time atual. Está na construção dele. É justo dizer que Wesley não serve, que Juninho não funciona e que Diogo errou no segundo gol.
É correto cobrar que Dorival Júnior mexa melhor na equipe do que fez ao deixar Marcelo Oliveira como único volante e Diogo revezando-se com Alione na função de segundo homem nos quinze minutos finais. A tentativa foi vencer o Sport, mas o risco de perder era muito maior com essa mudança.
Mas a questão fundamental - na opinião deste blog - já foi tratada aqui. Não se contrata 37 jogadores - ainda que se afirme que só seis foram comprados - impunemente. Não se pode escalar cinco times distintos no intervalo de dois anos sem perceber que isso levará a não ter time nenhum.
Não adianta dizer que fulano, sicrano ou beltrano não servem e descobrir que funcionam em outros clubes, como o zagueiro Léo e o ponta Marquinhos, do Cruzeiro, o zagueiro Leonardo Silva, do Atlético - alguém dirá até Ananias, do Sport!
Uma equipe montada sofre quando falta seu melhor jogador. Uma equipe inexistente sofre mais, mesmo que seu maior craque tenha valor discutível.
O Palmeiras precisa fazer o estádio ser a plataforma de relançamento como time gigante. Isso só vai acontecer com parceria entre o clube, a construtora, a proprietária dos naming rights e quem mais quiser participar da montagem de um time forte, que faça o estádio ter arrecadações como a da inauguração.
Os únicos verbos capazes de recuperar o Palmeiras são ousar e inovar. Nesse caso, o estádio pode ajudar a ter um futuro mais feliz. Que o presente é ruim soube-se ao conjugar o pretérito imperfeito.
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