Além da agonia do Z4, Criciúma e Palmeiras tem muita coisa em comum

24/11/2014 09:14

Além da agonia do Z4, Criciúma e Palmeiras tem muita coisa em comum

Além da agonia do Z4, Criciúma e Palmeiras tem muita coisa em comum

Hoje, eu quero falar sobre algo diferente. Não vou criticar mais, não vou gastar meu português para reclamar deste jogador ou do treinador. Hoje, quero mostrar como dois presidentes, aparentemente, dois salvadores da pátria podem ter destinos bem diferentes após esse Campeonato Brasileiro.





Paulo Nobre x Antenor Angeloni

Eu já disse algumas vezes que moro no Sul de Santa Catarina, numa cidade vizinha de Criciúma. Sou jornalista formada e acompanhei de muito perto o quase fim e o ressurgir das cinzas do Criciúma Esporte Clube. Mas, o que o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre tem em comum com o todo poderoso do Tigre, Antenor Angeloni? A primeira vista, os dois tiram dinheiro do próprio bolso para bancar seus clubes. Mas, já percebemos as diferenças gigantescas nas formas de administrar.



Criciúma ressurge das cinzas com antigo Mecenas



Anos atrás, o Tigre estava a beira da falência com salários atrasados, jogadores pedindo rescisão de contrato, estádio em estado precário e amargando a Série C do Brasileirão. O pedido de socorro foi atendido pelo famoso empresário e as coisas começaram a andar. Reparos no estádio, casa em ordem e melhora em campo foi questão de tempo. Veio o acesso e a aprovação de um contrato entre o Grupo Angeloni e os conselheiros do time: que tipo de acordo? Angeloni se comprometia em administrar o time, completar as rendas se preciso e não cobraria nenhum centavo dos cofres do time. Como conseguiria o dinheiro de volta? Simples: com lucro nas vendas de jogadores que trouxe com seus próprios recursos. Logo, homens de confiança do presidente também assumiram o departamento de futebol. Série B. Aumento de sócios. Modernização do estádio. Aumento nos patrocinadores e, finalmente, em 2012, a tão esperada subida para a primeira divisão do Brasileirão.



Paulo Nobre assume o Palmeiras no fundo do poço

O Palmeiras também teve suas glorias em 2012 com a Copa do Brasil e sua derrocada com o rebaixamento. Tirone sequer concorreu as eleições e o bilionário Paulo Nobre assumiu no início de 2013 com a promessa de “modernizar” o Palmeiras. Sua primeira medida? Despachar Barcos para o Grêmio. A queda no Paulistão. Uma campanha aguerrida na Libertadores. Eliminação na Copa do Brasil e o foco na Série B. Com as boas fases de Prass, Henrique e Wesley, a Magia de Valdivia e o efeito do recém-chegado Alan Kardec o acesso foi uma questão de tempo. E o time ganhava uma boa base para o desafio na elite do futebol.



Torcedor do Tigre sofre com promessas não cumpridas

Este ano começou com grandes promessas para o Criciúma. Um elenco reformulado após a permanência na Série A e encabeçado pelo veterano Paulo Baier e a promessa Lucca. A ideia ousada seria a briga pela Libertadores. A aposta foi alta demais, justamente, no ano em que o empresário desistiu do teto salarial e mais investiu na formação do elenco. Foram diversas trocas de treinadores, mudanças totais de jogadores e nada adiantou. O Criciúma amarga a lanterna do Brasileirão, demitiu seu treinador e dispensou 13 jogadores antes do fim do campeonato. As criticas se voltaram ao diretor de futebol, Claudio Gomes, antes responsável pelo marketing do clube, que recentemente retornou ao antigo cargo.







Torcedor do Verdão sofre com o cumprimento de promessas

O ano do Centenário. A inauguração da nova Arena. O ano da reconstrução. 2014 seria a redenção alviverde. Passou longe, muito longe. Se no Tigre, os diretores prometiam demais, no Porco, Nobre já avisava que não seria refém do Centenário, que a festa seria dos torcedores. E seu lema ficou mesmo escancarado ao vender Henrique, capitão do time, ao Napoli. Ao perder Alan Kardec para o São Paulo em uma confusão renovação e por contratar jogadores questionáveis a toque de caixa.



Além disso, aprovou um “plano de cobrança” do clube que jura amar.



Nobre injetou mais de R$ 120 milhões no time e quer receber em até 10 anos. Particularmente, eu acredito que existem formas melhores para reaver esse investimento. E, talvez, este seja o grande problema da gestão de Nobre: dos 11 titulares do jogo de hoje: Prass, João Pedro, Lucio, Nathan e Juninho, Washington, Renato, Victor Luis, Wesley e Valdivia, Henrique, apenas três são seus contratados. E a atenção que alega ter com as categorias de base é, no mínimo, questionável, já que muitos garotos foram despachados para empréstimos ou estão encostados como Bruno Dybal, Diego Souza, sem citar João Denoni e Luiz Gustavo, sempre elogiados, mas, esquecidos desde 2012.



A culpa é de quem?

Apesar da proximidade na tabela que pode resultar em péssimos finais de temporada para Palmeiras e Criciúma, há um oceano entre seus dois presidentes: Paulo Nobre, candidato a reeleição é apontado pela torcida como responsável pelo vexame no Centenário, já Antenor Angeloni, é eximido de culpa em Criciúma. Mais do que isso, a torcida nem pensa na renuncia do atual presidente do Tigre. São duas formas parecidas de governar e duas reputações extremamente contrárias. Se eu pudesse escolher um dos dois, votaria em Antenor Angeloni. Erro por erro, ainda prefiro quem erra por excesso e não se contenta com migalhas.



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