A Bombonera é tratada de um jeito especial por aqueles que gostam do futebol sul-americano. O histórico estádio do Boca Juniors gera a curiosidade de quem nunca visitou se a festa realmente é como falam. O Palmeiras e sua torcida puderam comprovar isso, no empate em 0 a 0 nessa quinta, pela ida da semifinal da Conmebol Libertadores .
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Boca Juniors 0 x 0 Palmeiras - Melhores momentos - Semifinal da CONMEBOL Libertadores 2023
A casa do Boca não é novidade para uma parte do elenco, já que os times duelaram na Libertadores de 2018 . Mas a acústica realmente cria um ambiente que impressiona os visitantes. E desde antes de a bola rolar.
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Boca Juniors x Palmeiras, semifinal da Libertadores — Foto: Thiago Ferri
Boca Juniors x Palmeiras, semifinal da Libertadores — Foto: Thiago Ferri
Quando as equipes subiram ao estádio, papéis picados foram jogados de um lado, La 12, a barra brava do clube, fazia sua festa com batuques, no outro lado do campo, abaixo do setor onde estava a torcida do Palmeiras , vários sinalizadores foram ligados, deixando a Bombonera toda esfumaçada.
Houve até torcedor que subiu o alambrado para festejar – e ignorou as recomendações para descer imediatamente. E o Verdão, enquanto isso, foi até perto da área dos visitantes para agradecer a presença de sua torcida.
O barulho feito no estádio é considerado uma arma para o Boca, e atrás de um dos gols, de onde a reportagem do ge acompanhou o jogo, era possível sentir um pouco do que os jogadores do Verdão sentiam. A torcida fica bem próxima do campo, deixando o clima ainda pior para o rival.
Boca Juniors x Palmeiras, semifinal da Libertadores — Foto: Thiago Ferri
Boca Juniors x Palmeiras, semifinal da Libertadores — Foto: Thiago Ferri
A torcida alviverde, que foi em 2 mil pessoas e acabou sofrendo ataques racistas e até apedrejamento de ônibus no caminho ao estádio , fez sua parte. Com bandeiras verde e brancas, deu vida ao seu setor e se fez ouvida nos momentos em que os argentinos baixavam o tom.
É irreal dizer que os torcedores do Boca cantam 90 minutos em todo o estádio. A região central do estádio, inclusive, muitas vezes ficou em silêncio, motivo de cobrança daqueles que estavam atrás dos gols, puxando cantos para lembrar que todos precisavam apoiar.
O Palmeiras ajudou a baixar um pouco a empolgação, não por incomodar o goleiro Romero, mas por segurar a bola mesmo que na sua defesa especialmente no primeiro tempo. Até o intervalo, inclusive, o time de Abel Ferreira chegou a ter mais posse de bola.
A torcida do Palmeiras encheu seu setor na Bombonera — Foto: Thiago Ferri
A torcida do Palmeiras encheu seu setor na Bombonera — Foto: Thiago Ferri
Isto ajudou a cozinhar um pouco o clima, mas a cada lance de perigo, ou uma disputa mais ríspida, o barulho voltava, como na chance incrível que Merentiel teve no primeiro tempo.
Entre jogadores e comissão técnica do Palmeiras , especialmente o primeiro tempo foi de uma postura tranquila. Abel Ferreira, por exemplo, reclamou poucas vezes com a arbitragem e ficou bons minutos assistindo ao jogo sentado.
O clima começou a mudar na etapa final, quando o Boca Juniors passou a empurrar mais, e o Verdão não encontrava saídas. Do banco, jogadores passavam orientações e dentro de campo as conversas eram constantes para tentar corrigir os problemas.
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Só que a pressão sem resultado foi frustrando a torcida argentina, e aproximando-se do fim era possível ouvir de perto do gol de Weverton: "Porco, olê, olê, olê, Libertadores, eu sou tri". Eram os palmeirenses que não paravam de cantar, também.
Quando o jogo chegou aos acréscimos, os reservas do Palmeiras já estavam em pé, e assim que Weverton fez uma defesa perto do fim, os gritos de fora do campo eram pedindo calma.
Boca Juniors x Palmeiras — Foto: Thiago Ferri
Boca Juniors x Palmeiras — Foto: Thiago Ferri
Assim que Wilmar Roldán apitou o fim do jogo, os jogadores repetiram o ato de antes da partida: foram até a área dos visitantes para agradecer aos palmeirenses que estavam lá.
Uma noite de Libertadores na Bombonera é uma experiência que certamente marcou a delegação do Palmeiras , os torcedores e aqueles que viajaram para cobrir a partida, também.
O efeito La Bombonera pesou para muitos dos jogadores do Palmeiras estarem desligados da partida?
Abel Ferreira fez muitos elogios ao clima que viveu na casa do Boca, mas lembrou o que os palmeirenses já estão repetindo: "agora é na nossa casa".
–A maior torcida do mundo é a do Palmeiras (risos). Queria muito vir aqui, queria sentir o ambiente, falei aos jogadores que se eu pudesse, pagava para jogar esse jogo, mas meu tempo já foi. É uma energia boa, parece que eles estão no nosso ouvido, mas agora é o Boca que vai experimentar o nosso estádio. Os torcedores do Palmeiras são os melhores do mundo – declarou.
Banco de reservas do Palmeiras aguardando o fim do jogo na Bombonera — Foto: Thiago Ferri
Banco de reservas do Palmeiras aguardando o fim do jogo na Bombonera — Foto: Thiago Ferri
O desempenho não foi bom, o estádio pode assustar, mas o Palmeiras saiu muito vivo da Bombonera.
Agora será no Allianz Parque, quinta-feira, às 21h30. É a vez de o Verdão e sua torcida mostrarem que a arena é, também, um ambiente difícil para seus adversários, especialmente em Libertadores.
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A resistência foi quanto a paciência de nós torcedores. Parece que todo árbitro que entra nessa bombonera se transforma num bandido. Esse fdp, deixou os argentinos bater à vontade. Custou muito até dar o primeiro cartão pra eles. Alí dentro, sempre o maior adversário foi os árbitros. Bando de canalhas safados. E aqui no Allianz não vai ser diferente, o Palmeiras que trate de jogar muita bola senão...