"Sentimento de derrota, sentimento de que as substituições poderiam ter sido diferente, porque estamos sempre à espera que as coisas corram de uma maneira, mas poderiam ter sido de outra. Os gols que nós sofremos foram de um cruzamento atrasado, onde o Yuri (Alberto) fez gol sem pressão, e tem que ter pressão do nosso zagueiro, e o segundo gol é o que é. Eu não estou preparado para ver 5 minutos de acréscimo, eles ficaram sem dois jogadores. O futebol é mágico por isso, só acaba quando termina e tudo pode acontecer, como aconteceu hoje. Concordo que houve um jogo até os 87 minutos, mas não é de agora, tem sido desde o último jogo, nós produzimos muito para o número de finalizações e gols que deveríamos ter feito e não fizemos. Fizemos um jogo intenso, criamos muitas oportunidades, não deixamos o adversário jogar. O futebol é isso, uns chamam de competência, o treinador é ruim, outros chamam de sorte, de azar, chamam do quiser. O futebol é mágico mesmo, mas o sentimento é de derrota porque é um jogo que poderia ter acabado com outro resultado. A eficácia no futebol é muito importante, fizemos 87 minutos de categoria, onde poderíamos ter construído outro tipo de resultado, mas o futebol é assim. Vou tentar replicar isso no treino, tentar arrumar um exercício para eu melhorar estes últimos 5 minutos. Vou preparar a minha equipe para os 5 minutos finais, foi o que aconteceu nesses últimos 5 minutos, o jogo mudou, porque não perdemos, mas o sentimento é de derrota, foi o sentimento com o que fiquei", prosseguiu.

Por último, Abel ainda comentou sobre as vaias que tomaram conta da Arena Barueri após o Palmeiras ceder o empate para o Corinthians. "Se falarmos em cima de todas emoções, do torcedor, é normal, mas o torcedor não sofre mais do que nós, eu tenho certeza disso porque eu conheço os meus jogadores. Quer olhar para os 5 minutos (finais) ou para os 87 minutos que fizemos? Esperar que a equipe mantenha essa toada, essa pressão, esta intensidade, que ao invés de dois, faça três ou quatro (gols), poderíamos ter feito. Parabéns ao adversário, não tenho muito a dizer, poderíamos estar discutindo a sorte, o azar, a felicidade e tudo mais, e futebol é um jogo, tem isso, tem sorte. É um jogo até os 87 minutos e depois acontecem coisas que...talvez, pelo jogo que o adversário fez nos últimos minutos, mas o nosso volume foi muito superior, foi absurdo. E jogar contra um Corinthians, desde que eu sou técnico do Palmeiras, não me lembro de fazer 87 minutos com esse volume, com essa intensidade, não deixar o adversário criar, respirar, eu não me lembro, mas nada disso conta. O que conta o é o resultado e, pronto, é mais um jogo. Se eu disse que é mais um jogo sem perder, isso conta algo para agora? Para mim não conta, não me satisfaz porque merecíamos outro resultado, mas não vou mudar nada do que aconteceu. Parabéns aos adversário, conseguiu fazer dois belíssimos gols e conseguiu chegar ao final com um goleiro que não é goleiro, no último minuto tirou uma bola em cima da bola", concluiu.

Próximos jogos do Palmeiras:
Portuguesa (F): 21/2, 19h45 (de Brasília) - Campeonato Paulista
Mirassol (C): 24/2, 18h (de Brasília) - Campeonato Paulista
São Paulo (F): 3/3, 20h (de Brasília) - Campeonato Paulista