História do San Lorenzo: Torcida luta para retornar estádio da Ditadura.

5/4/2024 08:33

História do San Lorenzo: Torcida luta para retornar estádio da Ditadura.

resistência das Mães da Praça de Maio contra a ditadura militar na Argentina.

História do San Lorenzo: Torcida luta para retornar estádio da Ditadura.

Na manhã de segunda-feira, dia 20 de junho de 1977, o Gasómetro desapareceu, abrindo os portões para o primeiro ato público das Mães da Praça de Maio, na Argentina. Eles bradavam: "Onde estão as centenas de bebês nascidos em cativeiro?". O estádio do San Lorenzo, que era o maior do país na época, tornou-se um símbolo de resistência contra a ditadura, mas acabou perdendo suas estruturas para o regime militar mais sangrento da América do Sul.

Atualmente, as ruínas do Gasómetro estão localizadas no endereço Av. La Plata 1702, onde o San Lorenzo sonhava receber o Palmeiras para a estreia da Libertadores de 2024. No entanto, o jogo acabou acontecendo em um estádio a quase 4km de distância, no estádio Pedro Bidegain. O terreno onde o estádio um dia se erguia foi parcialmente reconstruído, restando apenas o estacionamento e parte das paredes do supermercado que foi demolido para dar lugar à reconstrução do estádio.

O Gasómetro, que nasceu em maio de 1916 como casa do San Lorenzo e centro cultural no bairro de Boedo, a 11 quarteirões da igreja onde o clube surgiu, foi palco do primeiro evento público da Associação de Mães da Praça de Maio. O estádio se despediu em 1979, quando foi vendido pelo San Lorenzo por 900 mil dólares, pressionado pelos militares e em grave crise, e posteriormente demolido em 1984 para dar lugar à primeira unidade do Carrefour na Argentina.

Após anos de protestos e mais de 40 mil torcedores indo às ruas, o San Lorenzo finalmente conseguiu recuperar o terreno, com a ajuda dos torcedores que compraram simbolicamente metros quadrados do terreno. Em 2019, foi assinada a escritura que devolveu ao clube os mais de 27 mil metros quadrados que haviam perdido. Agora, o clube está trabalhando no plano de construção de um estádio multiuso para 55 mil pessoas, aguardando apenas a recuperação de outros oito mil m² que ainda pertencem ao Carrefour para iniciar as obras.

Enquanto isso, as ruas continuam mantendo o sonho vivo, usando a arte e a escrita nos muros que cercam a antiga e futura casa para gritar pelo que acreditam: "A história não se apaga, nem se vende. Se sente."







864 visitas - Fonte: -

Mais notícias do Palmeiras

Notícias de contratações do Palmeiras
Notícias mais lidas

Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui ou .

Últimas notícias

publicidade