Diante do Furacão, o Palmeiras teve a chance de abrir o placar um pênalti cobrado por Raphael Veiga, mas defendido pelo goleiro Bento. O lance, para Abel, teve impacto no resultado geral. – Claro que abalou. Não adianta esconder isso. A melhor oportunidade da primeira parte é nossa pelo pênalti, num momento que poderíamos ter feito gol e no momento seguinte sofremos (de Pablo). Em poucas palavras, acho que fomos pouco criativos, tivemos pouca energia e os gols sofridos traduzem aquilo que foi o jogo – resumiu o treinador. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Abel não poderá ficar à beira do campo contra o Criciúma, às 11h do dia 19 de maio, no estádio Heriberto Hülse. Os auxiliares João Martins e Victor Castanheira também estão suspensos .

– Vocês viram a vontade com que o árbitro deu vermelho ao Veiga. Sei o que vi e falei. Esperava que o vermelho fosse revertido porque o único jogador que sai com a perna rasgada foi o Veiga. Acredito que os árbitros fazem o melhor que podem, mas já que fala em cartões, a vontade que ele deu o cartão vermelho pro Veiga. Há faltas que o árbitro deixou seguir porque supostamente Menino estava na bola. Nós perdemos e não foi por conta da arbitragem – opinou. Veja mais trechos da coletiva: Seguir ou parar o Brasileirão? – Minha opinião é a opinião do clube. Estou muito solidário ao que está acontecendo. Quem tem cargos tem que tomar decisões, sejam elas boas ou más. Mas mais do que isso, total solidariedade, compreensão, ouvir quem temos que ouvir, é isso que tenho a dizer. E ajudarmos da forma que pudermos. Só peço que pensem na melhor forma de continuar a ajudar essas pessoas. Se a melhor forma for parar, que se pare. Se for continuar, que continue. Resumo do jogo – O adversário teve mais tempo de descanso. Minha equipe cansada. Basta ver a quantidade de transições na primeira parte. Está em causa as decisões, discernimento, não perder a bola, tem a ver com a lucidez mental para tomar boas decisões. Aqui demos quatro ou cinco transições na primeira parte ao adversário. Achei minha equipe pouco criativa, precipitada e cansada. Há um momento claro que pudemos fazer o gol, não fizemos, no retorno dessa vila há uma falta que podemos evitar fazer e há o gol. E o segundo gol traduz bem o jogo. Faltou criatividade e sorte. – Fomos muito afobados e precipitados e na minha opinião tem a ver com o cansaço que não nos deixa tomar as melhores decisões. A bola na trave não entrou, o goleiro deles para mim foi o melhor jogador. Outra oportunidade de entrar, o jogador deles tira com o peito. Tentamos, mas hoje não estivemos no nosso padrão. Faz parte. Quando sofre dois gols, é melhor trabalhar e consertar. Trocas – O núcleo de performance nos passa toda a informação. Alguns às vezes jogam limitados porque jogar no Brasileirão e jogar com dor, no limite da decisão. Trocamos o que tivemos que trocar. Aníbal em função do que aconteceu vai ter que ficar fora 10 a 15 dias, não sei, vai depender da recuperação. – Procuramos gerir da melhor forma. Endrick vem com muitos jogos seguidos mas acho que hoje não adianta estar aqui arrumando justificativas. Nosso adversário transitou muito bem, aproveitou nossos erros de passe. Calendário – Já não basta ter um dia a menos de descanso, foi assim com o Internacional e agora. Luto com a CBF para dar três dias de descanso para todos mas pelo visto o quebra-cabeças é difícil. Saída de Endrick – Jogador com muita qualidade, reverência, rendimento, e não à toa o Real Madrid veio aqui buscá-lo. O Palmeiras fica mais fraco com a saída dele mas vamos procurar soluções que é o que temos feito ao longo desses anos. Arranjar soluções.