Verdão prevê R$ 230 milhões de receita e sonha fechar 2015 no 'azul'

Após dois anos de economia, Verdão vê 'casa arrumada' e espera não precisar dos empréstimos de Paulo Nobre. Cota de transmissão do Brasileirão não foi adiantada

Paulo Nobre considera que 'a casa está arrumada' (Foto: Reginaldo Castro/ LANCE!Press)



O primeiro mandato de Paulo Nobre foi marcado pelos pés no chão. No segundo, que começou de forma oficial no dia 15 de dezembro, o clube pretende começar a colher os frutos – mas sem fazer loucuras com contratações e salários de jogadores renomados.



O Conselho de Orientação e Fiscalização já aprovou a previsão orçamentária para 2015: R$ 200 milhões de receita com o futebol (cotas de TV, patrocínio, Adidas, bilheteria...) e R$ 30 milhões com o clube social (basicamente mensalidades dos sócios). O valor previsto para despesas é praticamente o mesmo, o que impediria o Verdão de fechar o ano com déficit, "no vermelho".



Prever equilíbrio nas contas é um procedimento normal, mas desta vez o otimismo é maior. Há quem acredite na possibilidade de terminar 2015 com superávit - com receita maior do que as despesas. Um dos motivos é o valor modesto previsto para patrocínio: apenas R$ 8 milhões. Neste ano, o clube ficou próximo de fechar com a Caixa Econômica por R$ 25 milhões.



Os valores discutidos com a estatal são considerados altos para o mercado atual, mas a expectativa é arrecadar bem mais do que R$ 8 milhões com patrocínio. Além disso, o clube espera superar a previsão também com a venda de ingressos para jogos no Allianz Parque e tem a possibilidade de vender atletas.



Se tudo der certo, Nobre não precisará emprestar mais dinheiro.



As contas de 2014 serão fechadas apenas em janeiro, mas Nobre trabalhou com 70% das receitas normais. Em 2013, tinha apenas 25%. O motivo: gestões anteriores adiantaram boa parte das cotas de TV.



Os R$ 230 milhões previstos para 2014 representam cerca de 95% das receitas possíveis. Quase toda a cota do Paulista já foi consumida. A do Brasileiro, porém, será total.



2014 x 2015



2014 - Segundo o presidente, Verdão teve 70% das receitas disponíveis. Para não atrasar salários (e também para contratar jogadores), ele emprestou mais de R$ 153 milhões ao clube. Não houve patrocínio master, e a receita com bilheteria só aumentou com a arena. Até novembro, déficit de R$ 22 milhões, sem contar o aporte de Nobre.



2015 - Cota do Paulista está quase toda comprometida, mas a do Brasileiro virá integralmente. Orçamento prevê R$ 8 milhões com patrocínio, mas diretoria confia em valor maior. A venda de ingressos para jogos no Allianz Parque, cujo valor é todo do clube, também vai turbinar os cofres. A partir de maio, 10% de todas as receitas vai para pagar Nobre.