Nathan lembra que quase parou e apresenta o irmão jogador e 'corneteiro'

28/12/2014 08:13

Nathan lembra que quase parou e apresenta o irmão jogador e 'corneteiro'

Zagueiro conta que sequência de cirurgias o motivou a começar uma faculdade. Victor, que já jogou no Palmeiras, o aconselhou a insistir e hoje pega no pé após os jogos

Nathan lembra que quase parou e apresenta o irmão jogador e 'corneteiro'

Victor e Nathan posam juntos para o L!Net no CT da base, em Guarulhos (FOTO: Ari Ferreira/LANCE!Press)



Aos 19 anos, o zagueiro Nathan foi uma das revelações do último Brasileirão, terminou o ano como titular do Palmeiras e disputará o Sul-Americano Sub-20 com a Seleção, entre janeiro e fevereiro.



O grande responsável por esse sucesso, segundo o jovem, é o irmão Victor, que também é jogador e já passou pelo Alviverde - a dupla atendeu o LANCE!Net no CT da base, em Guarulhos, onde eles estavam mantendo a forma.



Dois anos mais velho, Victor assume que "corneta" o irmão depois de todos os jogos. Até o início do mês, ele estava estudando nos Estados Unidos e defendendo o Los Angeles Misioneros na liga de desenvolvimento controlada pela MLS, principal campeonato do país.



O habilidoso meia-atacante pode ser contratado por um clube da elite americana a partir de 2015, mas ele pensa em jogar no Brasil. E no Palmeiras, quem sabe?



- Esse aí, em qualquer lugar que estiver, vai jogar bem. O Palmeiras pode chamar que ele joga - elogia Nathan, sonhando em ter o "melhor amigo" por perto novamente.



Sempre foi assim: toda vez que acertava com um clube, Victor dava um jeito de levar o mais novo. Eles jogaram juntos no Ypiranga, na Portuguesa, no São Paulo e, finalmente, no Palmeiras.



- Eu jogava aqui há um tempinho e queria trazer meu irmão. O campeonato já estava no meio e o técnico estava em dúvida... Eu falei que o Nathan era bom e ele pediu para trazê-lo. Ele veio, treinou, e no primeiro dia já entregaram as fichas do campeonato para assinar - conta Victor, que à época estava no sub-17 do clube.



Antes de sair do país, ele foi para o Juventus da Mooca e orientou o irmão a, dessa vez, não acompanhá-lo. Nathan ficou, mas uma sequência de cirurgias quase o fez desistir. Aos 15 anos, ele rompeu o ligamento do joelho direito.



No primeiro treino após a recuperação, rompeu de novo. Mais tarde, precisou operar o ombro direito e decidiu que seria melhor se precaver: começou a trabalhar em uma fábrica de troféus e entrou na faculdade de administração, que abandonou há poucos meses. Quem o impediu de largar tudo? Victor.



- Eu falei para ele continuar porque era o sonho dele - lembra, satisfeito com o "desfecho" da história.

- A coisa não andava e achei que não ia dar certo. Agora, tudo aconteceu muito rápido. Dei uns três passos de uma vez - comemora Nathan.

- Meu irmão é chato, mas é meu melhor amigo. Tudo o que acontece, é para ele que eu conto - garante.





Na 'resenha' com a dupla



O mais difícil - Quando o LANCE!Net perguntou a Nathan qual foi o atacante mais difícil de marcar em 2014, ele respondeu: "Todos". Ao mesmo tempo, o irmão sorria. "Não foi você, você é fraco", defendeu-se o zagueiro. "Estava pensando no Fred", assumiu Victor.



Fred - Victor lembrou do camisa 9 do Fluminense porque foi contra ele que Nathan estreou. O garoto acabou concordando: "Acho que foi o Fred mesmo, porque juntou tudo. Foi meu primeiro jogo como titular, eu não tinha experiência nenhuma como profissional e o cara é da Seleção. Era o chefe contra o estagiário. A bola vinha no alto, eu tentava ganhar de cabeça e ele só jogava o corpo. Não tinha experiência ainda, mas fui adquirindo com o tempo". Victor, porém, até hoje não perdoa: "Ele estava com nota boa no jornal. Pensei: 'Como, né? Foi 3 a 0, com dois do Fred'". Brincadeiras à parte, ele acha que o irmão foi bem naquele dia.



Rachar? - Nathan acha que os rivais do irmão nos EUA não eram "tão" bons. "Ele joga bem, mas os caras lá... Pelo amor de Deus!". Passar pelo zagueiro do Verdão é mais difícil? "Óbvio, né? Eu ia rachar ele", responde o camisa 53. Victor discordou e apontou um antigo defeito do irmão: "Ele deixa a perna muito aberta". Nathan rebateu: "Antigamente ele me dava uns rolinhos e acha que é assim ainda... Dava rolinho em criança e achava que estava arrasando".



Falando em rolinho... - Os irmãos fizeram dupla de zaga no jogo beneficente de Leandro Damião e Denilson, neste mês. Victor levou um rolinho do santista, em lance que terminou em gol. Foi a vingança do mais novo: "Só contra o Corinthians eu tomei dois. Ele até filmou e deixou no celular". O meia-atacante se defende: "Eu não tinha o que fazer, não sou zagueiro, não tenho as manhas da marcação como ele".





Victor está à procura de um clube após voltar aos EUA. Para a matéria, vestiu a camisa do Verdão (FOTO: Ari Ferreira)





Confira um bate-bola exclusivo com Victor e Nathan.



LANCE!Net: Teve algum jogo que o Victor não cornetou?



Victor: Que eu não cornetei? Nenhum (risos). Mas eu achei que em todos os jogos ele foi bem. Eu faço a crítica boa.



Quem foi o primeiro a saber que o Nathan estrearia?



Nathan: Meu irmão, né? Liguei para ele e falei: "Ô, acho que vou ser relacionado". Ele falou: "Tá bom". "Não, mano, você não entendeu. No profissional!". Ele falou: "Você está de brincadeira".



Você estreou contra o Fluminense, mas ficou no banco contra o Inter, com o Pacaembu cheio. Como foi aquele dia?



Nathan: Eu nunca tinha entrado no Pacaembu. Eu sonhava chegar na final da Copa São Paulo para poder ir jogar lá. Tudo virou do avesso de repente. Ainda bem que eu não entrei naquele jogo, porque eu estava meio admirado com tudo, nem estava prestando atenção no jogo.



Victor: É como ele falou em uma das entrevistas. Estava acostumado com 50 pessoas no jogo, sendo 40 da família. Nesse primeiro jogo ele até me mandou um vídeo da torcida.



Você ficou com vontade de estar lá com ele?



Victor: Eu meio que vivo o sonho com ele. A gente sempre jogou junto, aqui no Palmeiras também, e sempre tivemos esse sonho que ele está vivendo hoje. Eu meio que estou vivendo com ele, aproveitando a fase. A gente sofre junto, mas fica feliz também...



Já está difícil andar na rua sem ser reconhecido?



Nathan: Perto de casa ninguém me conhece, pô. De boné dá até para andar de metrô.



Victor: A coisa mudou, está difícil de andar, sim. A gente foi jantar, comer sushi, e mandaram um prato escrito "Verdão". O cara reconheceu. Outro saiu do trabalho, pediu autógrafo...



Vocês treinavam o autógrafo quando eram pequenos?



Nathan: A gente treinava e ele fazia um autógrafo todo incrementado. E eu só escrevia "Nathan" e pronto. Agora eu coloco Nathan e o número 53. O dele é Victor Cardoso, com sorrisinho, 2014... E eu estou ajudando o cara aí a dar autógrafo. No jogo do Damião, um cara bêbado chegou para mim e pediu para assinar. Ele foi buscar a caneta e, quando voltou, entregou para o Victor. Ele foi lá e escreveu o nome dele.



Victor: Nesse dia, os caras estavam confundindo o jogo inteiro, até o Kleber Gladiador. Eu peguei uma bola lá atrás, toquei para o Denilson e fui... Aí eu passei por um e o Kleber já pediu a bola "Nathan, Nathan...". Aí eu passei, né? O Denilson também confundiu, alguns falaram que era gêmeo.





VEJA TAMBÉM
- BRILHANDO NA ITÁLIA! Nova contratado do Palmeiras, Felipe Anderson faz partidaça no italiano
- Dono do Botafogo questiona incoerência de Leila do Palmeiras sobre manipulação
- Indefinição sobre Joia do Palmeiras gera sondagens e possíveis mudanças no destino





6891 visitas - Fonte: Lancenet!

Mais notícias do Palmeiras

Notícias de contratações do Palmeiras
Notícias mais lidas

Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui ou .

Últimas notícias

publicidade
publicidade

Brasileiro

Qua - 20:00 - Arena Barueri -
X
Palmeiras
Internacional

Brasileiro

Dom - 18:30 - Manoel Barradas
0 X 1
Vitoria
Palmeiras