Melhor ainda porque o líder empatou com o Grêmio e agora está só um ponto à frente do Verdão. Com Caio Paulista e Fabinho nas vagas de Vanderlan e Richard Ríos (suspenso), Abel Ferreira escalou contra o Galo praticamente o mesmo time que venceu o Vasco na rodada passada. Ainda sem Estêvão, o técnico optou mais uma vez por ter Raphael Veiga na ponta direita, e Felipe Anderson da esquerda. Diante da ausência de um velocista, o Palmeiras teve um jogo mais cadenciado, também buscando Flaco López no pivô com bolas longas.

O volume não foi grande como em jogos recentes, mas o Verdão era melhor que o Atlético-MG. Everson evitou o gol alviverde em duas boas chances de López. A saída para o gol foi uma arma antiga, mas pouco eficaz recentemente: jogada ensaiada. Em cobrança de escanteio, Veiga cobrou curto para Giay, que tocou para Felipe Anderson na entrada da área. Passe rápido para Maurício, derrubado na área. Pênalti a partir de um lance trabalhado pelo auxiliar Vitor Castanheira, o responsável pelo ajuste de bolas paradas na comissão de Abel.

Raphael Veiga abriu o placar, e o Palmeiras foi para o intervalo sem sofrer sustos. O cenário só começou a mudar com as trocas do Atlético-MG. Do lado esquerdo, a dobra entre Rubens e Arana passou a empurrar a marcação alviverde, e o Galo foi rondando a área. Ainda assim, Gustavo Gómez e Murilo eram dominantes contra Deyverson e Hulk, mas o camisa 7 fez um golaço em cobrança de falta.

Castigo para a queda de desempenho alviverde na etapa final, quando começou a empilhar erros na conclusão de jogadas. Contra um adversário forte, o Verdão ficou mais amarrado, e Abel começou a mudar. Colocou Lázaro e Rony, mas nenhum dos dois fez diferença.

Foi a substituição aos 36 minutos do segundo tempo que alterou o curso do jogo em Campinas. Quando Dudu entrou no lugar de Fabinho era claro: o Palmeiras partiria para o tudo ou nada. E na primeira participação do camisa 7, ele foi derrubado na área aos 38. Pênalti, para explosão dos palmeirenses no Brinco de Ouro, que nitidamente vibravam mais a cada participação do ídolo.

Veiga mais uma vez na marca da cal, recolocou o Verdão na frente, e a comemoração teve um gosto de recordação para os palmeirenses, com Dudu pulando nas costas do camisa 23 para vibrar. Os minutos restantes foram do Palmeiras tentando fechar os caminhos do Atlético-MG e garantir o resultado. Dudu ainda teve uma boa finalização, que parou na defesa de Everson. A festa de atletas e torcida ao apito final dá a dimensão do quão importante era este resultado.

Assim como em 2023, o Verdão caça o líder Botafogo. A diferença é menor, mas o adversário também é mais qualificado. Jogando em casa, restava vencer, portanto. Missão cumprida. A dez jogos do fim, o Palmeiras não deixa o Botafogo escapar e consolida contra um adversário duro seu melhor momento na competição. De quebra, quem sabe pode ver antigos heróis, antes em baixa, terem importância nesta reta final de luta pelo tricampeonato consecutivo.