– Ele merece, porque trabalha muito e sabe o quanto difícil é. Deixei de jogar por uma lesão dessas – disse Abel Ferreira, em referência à ruptura de ligamento cruzado do atacante. – Se me perguntar se o Dudu está pronto para os 90 minutos, não está. Mas, se puder ajudar como foi, será espetacular. Ele tem carinho da comissão técnica, do grupo, e mais do que falar, é olhar os gestos do grupo. Vou voltar a referir, todos somos um, todos somos um, todos somos um – completou o treinador.

Dudu esteve por nove meses afastado dos gramados por conta da cirurgia no joelho, retornou em junho e, aos 32 anos, ainda trabalha de forma gradual para ganhar ritmo depois de lesão. Por mais de uma vez, inclusive, acostumou-se a fazer treinos suplementares ao fim das atividades na Academia de Futebol. Até a última noite, havia feito apenas 11 jogos no ano, sendo três como titular, com nenhum gol ou assistência. Na noite em que se viu como peça importante para o resultado pela primeira vez no ano, Dudu foi alvo de abraços na comemoração do gol e também ao apito final, não só do treinador - que entrou em campo ao fim do jogo -, mas também dos companheiros, que veem de perto a recuperação do ídolo alviverde.

Ao longo dos 16 minutos que esteve em campo, o atacante tentou três passes - acertando todos -, arriscou uma finalização e sofreu uma falta, justamente a cometida por Rubens, que resultou no pênalti cobrado e convertido por Veiga na reta final. Do lado oposto do campo, mas com uma visão ampla do time pela frente, o goleiro Weverton usa uma frase motivacional para resumir a caminhada do companheiro: "o curto prazo nem sempre é justo, mas o longo é."