O Palmeiras e a Real Arenas, braço da WTorre que administra o Allianz Parque, chegaram a um acordo nesta quarta-feira, 9, e encerraram uma década de brigas e desavenças, com disputas arbitrais e judiciais e abriram, segundo as duas partes, "novas perspectivas para uma parceria ainda mais profissional e vitoriosa em benefício da torcida palmeirense". Segundo o clube e a empresa, foram necessárias concessões dos dois lados para que o acordo fosse assinado, assim como "ajustes comerciais e operacionais". O acordo é benéfico sobretudo ao Palmeiras, que vai receber R$ 117,1 milhões, sendo R$ 50,1 milhões pagos à vista ao clube. Esse valor era o que a WTorre devia ao clube depois que deixou de fazer repasses referentes à receita pelo uso da arena palmeirense. O clube também se beneficia por causa da cessão de propriedades da arena e da ampliação do Gol Norte, onde ficam as torcidas organizadas. O setor será aberto e vai comportar mil torcedores em um espaço que é ocioso desde a inauguração da arena, o que vai aumentar a capacidade do Allianz Parque em dias de jogos. Existe a expectativa de que, nesse espaço, seja montado um setor popular, uma promessa de diferentes diretorias. Divergências em relação às cadeiras cativa e outros espaços também foram resolvido, segundo o clube, bem como tudo que estava em discussão na arbitragem aberta em 2017. Com a setorização, não há mais problemas com os repasses referentes ao programa de sócio-torcedor Avanti, Passaporte e Lounge Centenário.
"Após dez anos de discussões, a nossa gestão concretizou um acordo justo, benéfico a todos e fundamental para o futuro desta parceria, que tem mais 20 anos pela frente", disse a presidente Leila Pereira. "Nosso compromisso é construir um Palmeiras cada vez mais vencedor e, para isso, queremos caminhar lado a lado com a WTorre." "Ao completarmos uma década de Allianz Parque, não poderíamos ter uma conquista mais importante do que o acordo com o Palmeiras", afirma Sílvia Torre, co-fundadora e presidente do Conselho da WTorre. "O clube mais vencedor do país e a principal arena multiuso do continente podem, e devem, conquistar juntos novas metas, tendo um cenário de harmonia e interesses alinhados. Temos muito trabalho em conjunto com o Palmeiras nas próximas duas décadas de concessão".
Foram dez anos de brigas e divergências entre Palmeiras e WTorre. A disputa se tornou mais intensa depois que a presidente Leila Pereira tornou pública a insatisfação com a dívida que a empresa manteve por anos com o clube. Ela chegou a dizer que temia receber "o coliseu" da construtora, de modo que existia também a preocupação de que a Wtorre deixasse de fazer adequadamente a manutenção do estádio, que recebe anualmente centenas de eventos, entre jogos e apresentações musicais. O caso foi parar na Justiça de São Paulo e também na polícia, que apurou crimes de apropriação indébita e associação criminosa a pedido do Palmeiras, mas não encontrou nada. O clube que afirmava que, desde que o Allianz Parque foi inaugurado, a Real Arenas só tinha feito repasses em novembro e dezembro de 2014, e de janeiro a junho de 2015 (exceto maio). A construtora reconhecia o débito, mas contestava o valor que vinha sendo cobrado.
Quem mudou esse cenário e foi determinante para que a paz fosse selada entre as partes foi Marcelo Frazão, que assumiu no início deste ano a vice-presidência da WTorre Entretenimento. Internamente, ele reconheceu erros das gestões anteriores e trabalhou para que clube e empresa voltassem, aos poucos, a ter ao menos uma relação cordial. Ele foi diretor de novos negócios do Flamengo e também chefe no departamento de marketing do Santos entre 2018 e 2021. Como tem mais conhecimento de negócios ligados a futebol em relação aos seus antecessores, conseguiu negociar melhor e as partes foram voltando a dialogar. Algo vigente desde que ele assumiu, por exemplo, é um relatório que a WTorre envia ao Palmeiras depois de todos eventos lá realizados. No documento, são informados problemas, como número de cadeiras eventualmente quebradas durante algum show, e outras informações. Frazão também passou a olhar o calendário de eventos do Allianz Parque com mais atenção e entendeu que, em alguns momentos, seria possível adiar shows para que o Palmeiras não ficasse sem seu estádio em jogos importantes. Em abril, uma "operação de guerrilha", com desmontagem rápida do palco, permitiu que o Palmeiras jogasse a final do Paulistão com estádio lotado, sem restrições.
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