Oswaldo pensa em mudanças para o Paulistão e aposta: 'Vai dar liga'

Técnico admite possíveis alterações no time titular para estreia no estadual, elogia elenco e acredita em entrosamento rápido

O técnico Oswaldo de Oliveira deixou claro que a escalação do Palmeiras deve sofrer alterações para a estreia no Campeonato Paulista, no próximo sábado, contra o Audax, em sua arena.



Após a vitória por 3 a 2 sobre o RB Brasil, em amistoso disputado neste domingo, em casa, o comandante elogiou Dudu e Alan Patrick, disse que já tem uma equipe em mente para o primeiro jogo no estadual e apostou: mesmo com pouco tempo de trabalho, o Verdão deve apresentar um futebol competitivo desde o início da competição.



- Na minha cabeça, já tenho um time-base. Claro, isso requer tempo, entrosamento. Todo mundo tem de estar em atividade. No Santos, no início, também foi assim. Procurei utilizar quem já jogava junto, depois fomos gradativamente entrosando, colocando outros jogadores.



Eu sinto que rapidamente vai dar liga. Temos um ou outro detalhe, na hora da marcação, da recomposição. O Dudu e o Alan Patrick são jogadores que vejo como importantíssimos, mas precisam participar um pouco mais do treinamento para que haja o entrosamento - analisou.



Na última semana, Alan Patrick e Dudu foram utilizados entre os reservas, mas se destacaram nos treinamentos. Contra o RB Brasil não foi diferente: enquanto o meio-campista marcou o terceiro gol do Palmeiras, o atacante deu uma assistência para Cristaldo e saiu aplaudido pela torcida. Oswaldo não escondeu: ambos já podem ganhar chance entre os titulares.



- A equipe que iniciou esses dois jogos foi a que se apresentou desde o início. Por isso, tenho um pouco mais de lastro de preparação. Os outros estão correndo para se adaptar. Com duas semanas de trabalho, alguns já conseguiram isso. Outros, a gente nota que precisam de um pouco mais. É claro que vou querer começar o campeonato com aquilo que acho melhor neste momento para a equipe.



Este foi o último amistoso de pré-temporada do Palmeiras. No último sábado, a equipe já havia batido o Shandong Luneng, da China, por 3 a 1. A estreia no Paulistão será dia 31, às 17h (horário de Brasília), contra o Grêmio Osasco Audax, na arena do Verdão.





Veja a entrevista coletiva na íntegra:



Avaliação do amistoso



- A gente tem de apressar a estreia, o entrosamento, todo mundo tem de se mostrar, tem de jogar. Eu tinha programado para que isso acontecesse. Alguns jogadores que chegaram mais tarde precisavam de um pouco mais de tempo. Por isso, não foram utilizados na semana passada. Procuramos colocar em atividade todos eles, para que se entrosem e ganhem ritmo de jogo. E para que nós tenhamos tempo de ver em que estágio cada um está.



Atuação de Dudu



- Muito bem, gostei muito. Aliás, nos treinamentos ele vem crescendo bastante. É um dos que chegaram um pouco mais tarde, requer mais tempo para se condicionar. Ele caminhou bastante para se condicionar e se entrosar com os companheiros.



Surpreso com Dudu?



- Não surpreende. Temos observado bastante. Minha pretensão não é utilizá-lo somente do lado esquerdo, como válvula de escape. Ele tem de ser mais participação no jogo. Minha ideia é dar continuidade, procurar amadurecer isso para que ele renda mais do que apenas limitado de um lado do campo.



O time está pronto?



- Na minha cabeça, já tenho um time-base. Claro, isso requer tempo, entrosamento. Todo mundo tem de estar em atividade. No Santos, no início, também foi assim. Procurei utilizar quem já jogava junto, depois fomos gradativamente entrosando, colocando outros jogadores. Eu sinto que rapidamente vai dar liga. Temos um ou outro detalhe, na hora da marcação, da recomposição. O Dudu e o Alan Patrick são jogadores que vejo como importantíssimos, mas precisam participar um pouco mais do treinamento para que haja o entrosamento.



Utilização do Valdivia



- É inegável a condição do Valdivia. Queremos muito que ele se recupere e esteja pleno para que possa se entrosar. Ele pode jogar com o Alan, com qualquer outro jogador. São jogadores de qualidade e não se sobrepõem. Há espaços para atuarem juntos. Ele se sacrificou muito no ano passado, jogou com uma lesão, e isso está dando trabalho de recuperação. Estou muito otimista quanto à recuperação dele e a integração o mais rápido possível. Ele tem se dedicado muito, trabalhado com frequência e intensidade. Não tenho previsão, mas tem evoluído bastante. Espero que na próxima semana já faça os trabalhos de campo.



Mudanças na estreia,



- Claro que sim. A equipe que iniciou esses dois jogos foi a que se apresentou desde o início. Por isso tenho um pouco mais de lastro de preparação. Os outros estão correndo para se adaptar. Com duas semanas de trabalho, alguns já conseguiram isso. Outros, a gente nota que precisam de um pouco mais. É claro que vou querer começar o campeonato com aquilo que acho melhor nesse momento para a equipe.



Lista para o Paulistão



- Ainda vai me dar muita dor de cabeça. Já falei uma vez, digo repetidamente. Isso restringe a adição de jogadores que jogaram bem a Copa São Paulo. Não vejo como saudável esse tipo de limitação.



Aproveitamento de Ryder



- Ele foi o último a chegar e precisa trabalhar mais. Normalmente, iria permanecer, mas estou preparando uma situação com o Victor Luis, que já fizemos no jogo passado, de colocar em determinado momento três jogadores à frente da defesa. São três que saem com velocidade para o ataque. No segundo tempo, ficou o Renato, o Robinho pela direita e o Victor pela esquerda. O Ryder vai continuar se preparando, e quando estiver mais condicionado terá oportunidade de ficar mais tempo.



Gols sofridos



- O jogo é para fazer gols, o adversário era qualificado. Eles estavam se preparando com Fabiano Eller, Andrade... No jogo, se faz e se leva. Ainda bem que fizemos um a mais e ganhamos o jogo.



Utilização da base



- A partir de amanhã (nesta segunda) quatro deles estarão conosco. Por isso, lamentei o limite das inscrições (no Paulista). Gostei do Gabriel Jesus, do outro Gabriel, do Chistopher. O lateral Guilherme é bom jogador, tem ainda o Juninho. Vários podem. Se eu tivesse maior flexibilidade, com certeza traria um número maior de jogadores para estagiar com a gente. Eles conviverem com os mais velhos, nesse ambiente, é importante.



Balanço após dois amistosos



- Para avaliação, temos de ter um pouco mais de tempo. Temos de trabalhar muito com esses caras porque alguns são reconhecidamente jogadores de qualidade. Precisamos condicioná-los, interagir, relacionar. Que eles treinem mais juntos para que o resultado do jogo saia de uma combinação mais exata desses jogadores.



Chegada de mais reforços



- Temos expectativa com o Arouca, mas a ideia de enriquecer o elenco é permanente. Todo jogador bom nos interessa, mas temos de administrar isso financeiramente e com a disposição dos jogadores na equipe.