O Palmeiras de 2025 não empolga até aqui. No último domingo, a equipe comandada por Abel Ferreira protagonizou mais um episódio de futebol pobre e que não inspira confiança para a sequência da temporada. O empate sem gols contra um São Paulo sem alguns de seus principais jogadores (Lucas e Oscar só entraram no segundo tempo) mostrou como o Verdão passa dificuldades para achar o seu melhor e atuar com fluidez.
O clássico que poderia servir para o time entrar na zona de classificação do Paulistão terminou em mais uma noite de vaias. A torcida teve razão outra vez no seu protesto pacífico. Mesmo com a equipe mais perto do ideal, o Palmeiras parou na forte marcação são-paulina e demonstrou falta de repertório no último terço do campo. Os chutões e cruzamentos para a área tomaram conta do duelo e facilitaram a tarefa dos zagueiros são-paulinos. No primeiro tempo, por exemplo, Rafael não precisou trabalhar uma vez sequer.
Estêvão não vive a sua melhor fase, e isso tem feito com que o Palmeiras perca ainda mais poder de fogo no ataque. Os únicos jogos em que o time teve bom desempenho ofensivo foram os contra equipes mais modestas, e isso é preocupante. Abel Ferreira, por algumas vezes, tratou o Paulistão como descartável nesta temporada e admitiu que tem utilizado o torneio para preparar uma equipe mais sólida para disputas maiores que estão por vir.
Com 17 pontos, o Verdão chega à penúltima rodada do Grupo D na terceira colocação e, além de ter que vencer seus jogos (Botafogo-SP e Mirassol), também terá que contar com tropeços da Ponte Preta (São Paulo e Bragantino), a vice-líder da chave. É bem verdade que com essa pontuação o Palmeiras estaria classificado em qualquer outro grupo do Paulistão, mas no que importa - o Grupo D - o atual tricampeão da competição está deixando a desejar.
Diante do retrospecto recente no torneio e pelo alto investimento feito, ficar fora do mata-mata, seja em qual grupo estiver, será, sim, um vexame. Caso isso de fato aconteça, o Palmeiras terá que dar uma forte resposta no início do Campeonato Brasileiro. O ano que previa grande pressão começa da pior forma possível para o Verdão. Pode ser a chance da comissão e jogadores utilizarem isso a favor como uma lição para o que está por vir.