Falar de Palmeiras e São Paulo , além da rivalidade histórica, arremete também a fortes polêmicas. Com decisão desta segunda-feira (10) para acontecer no Allianz Parque, pela semifinal do Campeonato Paulista, o clássico entre os dois sempre teve alguns protagonistas diferentes. No caso, estádios. Atualmente, a principal polêmica envolve os gramados sintéticos. Lucas Moura recentemente liderou um movimento contra o uso desse tipo de superfície no futebol nacional. Agora, a grande decisão do São Paulo acontecerá justamente em um estádio com gramado sintético. Disputas relacionadas a estádios entre os rivais já se arrastam há anos.

Em abril de 2008, durante a semifinal do Campeonato Paulista disputada no estádio do Palmeiras, então chamado de Palestra Itália, uma polêmica marcou o clássico. O Palmeiras foi acusado após um suposto gás pimenta ter sido liberado no vestiário do São Paulo durante o intervalo da partida. Quando o elenco tricolor se dirigia ao vestiário, membros da comissão técnica relataram um forte cheiro no local. Além disso, jogadores e funcionários começaram a sentir irritação nos olhos e nas vias respiratórias.

Na época, Muricy Ramalho comandava o São Paulo. Apesar do incidente, o time voltou para o segundo tempo, mas o técnico chegou a passar mal no banco de reservas. O Palmeiras venceu por 2 a 0 e, posteriormente, conquistou o título estadual, encerrando um jejum de 12 anos. O caso foi julgado ainda em 2008. O Palmeiras foi considerado culpado, perdeu um mando de campo e recebeu uma multa de R$ 10 mil.
As bandeirinhas de escanteio se tornaram protagonistas nas rivalidades entre São Paulo e Palmeiras. Em 2023, Luciano viralizou ao chutar a bandeira de escanteio do Corinthians após marcar um gol na Neo Química Arena, durante a semifinal da Copa do Brasil. O gesto desencadeou uma reação em cadeia. Raphael Veiga respondeu da mesma forma, seguido por Yuri Alberto, alimentando ainda mais a polêmica e levantando discussões sobre arbitragem.
Agora, a dúvida é: haverá mais um episódio no Allianz Parque? O tema já repercutiu entre torcedores organizados de ambos os lados. Do lado são-paulino, o presidente da Independente declarou apoio a um gesto semelhante. Já o líder da torcida palmeirense se posicionou contra, alegando que isso poderia causar uma "invasão de gramado".
O gramado sintético voltou a ser um ponto de debate. O Palmeiras sustenta diversos argumentos em defesa do campo do Allianz Parque, enquanto o São Paulo tem seu capitão como uma das principais vozes contra o uso desse tipo de superfície. Além da questão técnica, o Tricolor carrega um histórico preocupante de lesões no estádio rival.