Durante o primeiro minuto do clássico entre Palmeiras e São Paulo, os torcedores presentes no Allianz Parque cerraram os punhos e protestaram contra os atos racistas cometidos contra Luighi, atacante da equipe sub-20. Palmeiras envia carta à Fifa pedindo ações contra o racismo e Leila dispara contra Conmebol Após os 60 segundos iniciais, o público presente na casa alviverde entoou o hino do clube, seguido de músicas em apoio ao elenco, que busca o tetracampeonato do Paulistão. — Se a gente (torcida) gosta do Palmeiras a gente é antirrascista — afirmou o cantor Rincon Sapiência em discurso no gramado do Allianz Parque antes do início do Choque-Rei. Palmeiras e São Paulo se enfrentam na noite desta segunda-feira em jogo único valendo vaga na final do torneio estadual. O vencedor do confronto irá encarar o Corinthians, que eliminou o Santos, na decisão do Campeonato Paulista. Torcedores do Palmeiras protestaram contra o racismo no Allianz Parque (Foto: Vitor Palhares / Lance!)

Durante a partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, pela Copa Libertadores sub-20, um torcedor adversário, segurando uma criança no colo, imitou um macaco em direção ao atacante, que deixava o gramado rumo ao banco de reservas. Além do gesto racista, o jogador do Verdão também foi alvo de uma cusparada. — Não! É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre — questionou Luighi em entrevista após o término da partida. Nosso menino Luighi é gigante. E, se todos somos um, a luta contra o racismo tem de ser a luta de cada um dos 40 mil palmeirenses presentes ao Allianz Parque nesta segunda-feira. Hoje à noite, tão logo o árbitro dê início à partida, o Allianz Parque ficará em silêncio por um minuto, com 40 mil punhos cerrados e erguidos. Ao fim desse um minuto, virá o hino do Palmeiras em volume ensurdecedor. Gol Norte, Gol Sul, Oeste Central, Central Leste, setores superiores: todos seremos um, em apoio incondicional ao menino-gigante Luighi. Obrigado, Luighi, por honrar nossa camisa não apenas dentro de campo, mas também com sua atitude corajosa e contundente contra a praga do racismo.