Dias após o incidente que teve Luighi como vítima, as diretorias de Palmeiras e Cerro se encontraram no sorteio da Libertadores. Paulo Buosi, vice-presidente do Verdão, reforçou a postura palmeirense e cobrou mudanças em um rápido encontro com dirigentes do clube paraguaio. – Não tem resolvido. Não tem resolvido, correto? Tem que ter ações práticas. Não tenho nada contra o Cerro. Nós somos contra o racismo. Só que tem acontecido muito com o Cerro Porteño – disse Buosi.

Nesta quarta-feira, o Palmeiras prometeu que irá receber a delegação paraguaia da maneira que recebe a todos os outros clubes visitantes e espera não ter qualquer problema durante o duelo ou nas imediações do Allianz Parque. A segurança deve ser reforçada para evitar que o clima hostil não se transforme em brigas. A Conmebol, por sua vez, deve manterá o protocolo realizado na primeira rodada da Libertadores. Na meia lua do campo, os jogadores irão se intercalar lado a lado e ficar de frente para a câmera por 20 segundos, seguido de um apito para chamar a atenção para a luta contra o racismo.

Apesar de toda mobilização no último mês na luta contra o racismo, a primeira rodada da Conmebol Libertadores foi marcada por atos nas arquibancadas. No duelo entre Talleres e São Paulo, em Córdoba, um torcedor do clube argentino imitou um macaco em direção à torcida são-paulina. Já em Sporting Cristal e Palmeiras , em Lima, um torcedor do clube peruano fez o mesmo gesto para os palmeirenses. Sobre o caso da última quinta-feira, o Palmeiras se manifestou em nota publicada após a partida.

A Conmebol abriu procedimento disciplinar nos dois casos e prevê multa de "pelo menos 100 mil dólares americanos" ao clube em caso de discriminação de torcedores por motivo de "cor da pele, raça, sexo (SIC) ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem".