Derby jogado em Itaquera em 2014 resultou em 170 cadeiras quebradas, mas não teve confronto entre torcidas
O primeiro Derby da nova Arena do Palmeiras já cria polêmica antes mesmo de começar. A operação para a chegada da torcida corintiana ao estádio já foi preparada pela Polícia Militar, mas pode nem chegar a ser realizada. Isto porque os promotores Roberto Senise e Paulo Castilho pressionam a Federação Paulista de Futebol (FPF) para que apenas palmeirenses acompanhem o clássico deste domingo.
Representando respectivamente as promotorias do Consumidor e do Juizado Criminal Especial (Jecrim), Senise e Castilho prometem processar tanto o Palmeiras quanto a FPF caso a partida tenha corintianos na arquibancada, ainda que não haja vandalismo.
Eles alegam que a presença da torcida visitante no estádio rival abre caminho para o enfrentamento de torcidas. Qualquer improviso no malabarismo a ser feito pelo 2º Batalhão de Choque poderia culminar em violência nos arredores da Arena, por isso a ausência de corintianos é vista como possível solução.
A decisão deve ser tomada conjuntamente pela FPF e pelos clubes, e uma reunião entre as partes deve determinar se os cerca de 1,6 mil ingressos reservados aos visitantes serão mesmo de corintianos no primeiro Derby da renovada casa palmeirense. O caso é que os ingressos para os mandantes já estão à venda, mas ainda não há informações sobre os bilhetes do Timão.
A discussão é vista com bons olhos pelo presidente Paulo Nobre, que chegou a afirmar à TV Gazeta que defende torcida única nos clássicos paulistas.
Segundo ele, o Palmeiras perde 4 mil ingressos para receber a torcida adversária no setor determinado. Para este clássico o prejuízo pode chegar a R$ 150 mil, visto que os setores imediatamente acima da área dos visitantes seriam interditados pela PM.
Quando o Derby foi jogado na Arena Corinthians, no ano passado, palmeirenses depredaram cadeiras do estádio alvinegro em protesto contra Paulo Nobre.
O Verdão pagou a conta e ainda foi multado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), tendo que pagar R$ 63 mil no total. Agora na casa palestrina, o jogo será às 17 horas (de Brasília) deste domingo.
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