De sorriso fácil e consciente do que quer na temporada, Bruno Fuchs se adaptou rapidamente ao Palmeiras. Emprestado até o final da temporada em uma troca com Caio Paulista, que foi para o Atlético-MG, o zagueiro parece estar no Verdão há muito tempo. Reflexo da recepção calorosa que recebeu no clube e pela sua forma leve de levar a vida. O grupo de jogadores, aliás, foi uma das coisas que mais impressionou Fuchs em sua chegada. – Quando você chega num clube, você chega se perguntando sobre o ambiente que está indo. Ainda mais no Palmeiras ganhando tudo nos últimos anos. Mas fui muito bem acolhido. Muito se fala em ego, e aqui o ego é deixado de lado. Isso tem muito a ver com o professor, o Abel tenta colocar todo mundo para jogar quando pode e ajuda o grupo, os jogadores – afirmou o jogador em entrevista ao ge. – No último jogo mesmo ele fez as cinco substituições e queria colocar todos para jogar. Olhou para o banco perguntando se só tinha mais uma substituição, e ele lamentou, porque queria colocar mais gente para jogar. A gente entende, o grupo é incrível. Como eu disse, o ego é colocado de lado, todos têm jogado e ele faz com que a gente aproveite as oportunidades – acrescentou.
As lesões e a rotação do elenco feita por Abel fizeram Bruno Fuchs ter algumas oportunidades em pouco tempo de clube. Já são 11 partidas, sendo oito como titular. E nem sempre o zagueiro jogou na mesma função. Quando Giay ainda não estava consolidado na lateral direita, o jogador foi improvisado por ali. Para ele, isso não é um problema. – É tranquilo, estou me sentindo à vontade, bem. Não tenho preferência de lado da zaga para jogar. Eu avisei isso para ele (Abel) e foi tranquilo. O Abel precisou de mim na esquerda e joguei, já joguei na direita, de lateral-direito e posso jogar até lá na frente se precisar (risos) – contou.
A boa fase de Bruno Fuchs vai ao encontro do bom momento do Palmeiras na temporada. Líder do Brasileirão e do Grupo G da Conmebol Libertadores, a equipe vive um cenário diferente do que começou a se desenhar após o vice-campeonato do Paulistão. O zagueiro tentou explicar o que mudou nos últimos dois meses para que o Verdão se tornasse um dos times mais difíceis de se vencer. – O que mudou é que a gente está ganhando, porque se for olhar o trabalho do Abel é muito vitorioso. Aí quando tem um pouco de queda fica essa pergunta "o que está acontecendo?". Não sei explicar o que mudou – disse. – Não tivemos um Campeonato Paulista ruim, tivemos duas derrotas. Uma na final, a que mais dói. Mas depois disso engatamos uma sequência de vitórias boas, principalmente fora de casa. Mas o trabalho do Abel é esse, a torcida está acostumada e espera isso. E a gente tenta fazer tudo dentro de campo – completou.
Habituado e feliz no Palmeiras, Bruno Fuchs já deseja que o clube exerça sua opção de compra. Na negociação com o Atlético-MG, o Verdão pode adquirir o jogador em definitivo ao final do empréstimo, em dezembro deste ano. A diretoria ainda não conversa sobre o tema. – Por mim com certeza (quero ser comprado), é um desejo que eu tenho. Estou muito feliz aqui, mas é seguir crescendo e lá na frente é uma decisão que deixo nas mãos de Deus, da comissão técnica e do Anderson (Barros). Inspirado pela palavra "reconquistar", mantra do Palmeiras para esta temporada, Fuchs deve ser titular neste domingo, contra o São Paulo, e vai ganhando cada vez mais seu espaço em um elenco que vive disputa acirrada por posições.