Pouco presente nos holofotes da mídia, Sandro Duarte trabalha com futebol mais de 20 anos após viver o melhor momento da carreira como jogador. Meio-campista com uma perna esquerda afiada, foi campeão da Tríplice Coroa pelo Cruzeiro , em 2003. Aposentado há oito anos, faz parte de uma empresa de agenciamento de atletas. Foi o responsável pela captação de Vitor Roque – que atuava como volante –, conheceu Estevão aos 8 anos e chegou a trabalhar na carreira de Richarlison, o "Pombo".
São raras as entrevistas de Sandro, que se define como uma pessoa tímida e discreta. Natural de Janduís, no Rio Grande do Norte, começou a carreira no ABC. De lá, foi para o Cruzeiro com "aval" do ex-lateral-esquerdo Nonato. Profissional por mais de 15 anos, teve a trajetória atrapalhada por 11 cirurgias nos joelhos.
A empresa de Sandro segue trabalhando na carreira de Vitor, em sociedade com André Cury, um dos principais empresários do futebol brasileiro. O ex-jogador do Cruzeiro fez um diagnóstico da passagem pela Europa e vê a chegada ao Verdão como passo importante para o atacante de 20 anos voltar à Seleção.
Sandro já teve a primeira experiência como técnico de uma equipe profissional, subindo de divisão na Bahia com o Porto. Neste ano, garantiu vaga para a equipe na Série D de 2026. Ele ainda definirá se vai seguir carreira como agente ou treinador.
"Ele já tinha qualidade com a bola (como volante), era mais maduro que os outros, sempre foi muito forte, com porte físico muito bom. A gente viu o cognitivo da criança, com tomadas de decisão, sempre usou muito bem as duas pernas. Foi assim que eu o escolhi."
"No momento do Vitor, eu vejo que é uma boa para ele. Foi para o Barcelona em um momento conturbado do clube, onde talvez o time esperasse que ele fosse resolver os problemas. Mas era só um garoto de 18 anos, não tinha como. É um processo, eu vejo dessa forma."