– Fiquei feliz por ter voltado. Esse começo de ano foi complicado, machuquei o ombro, o que acabou me atrapalhando em alguns movimentos, como na hora de correr, proteger a bola, chutar, mas agora estou bastante confiante e motivado também – conta Veiga. O meia se machucou no dia 9 de abril contra o Cerro Porteño e se ausentou por seis partidas até voltar a ser relacionado, no dia 4 de maio, contra o Vasco, mas sem sair do banco. Nos três jogos seguintes - os mais recentes até agora -, foi acionado de forma crescente em número de minutos contra Cerro, no Paraguai, São Paulo e Bolívar.

Mesmo no banco, torna-se alvo constante de elogios do técnico Abel Ferreira, que costuma apontá-lo como o "capitão silencioso" do Palmeiras, sendo visto como um dos atletas que ensina ao grupo sobre o que é o clube e a torcida alviverde. No início do mês, inclusive, apontou essas características como um dos motivos para o clube barrar as ofertas pelo meia.

– O Abel é um cara que eu tenho um respeito e uma admiração muito grandes. Para mim, é o cara que mais me ajudou até porque foi o cara com quem eu mais trabalhei na minha carreira – diz o atleta. – Ajudar os meninos é uma questão de eu me colocar no lugar deles, sabe? Os estrangeiros e os mais novos. Já passei por esse outro lado, cheguei aqui e era o mais novo do elenco. Em muitos momentos, sentia que faltava alguém para me ajudar em alguns aspectos.

– Coloquei para mim que sempre que pudesse eu ia ajudar e facilitar para que os outros não passassem por aquilo que em alguns momentos eu passei. Entre o papel nos bastidores e o desempenho em campo, mesmo ainda buscando ritmo no retorno de lesão, Veiga tem sido importante para o bom momento do time, que venceu 12 das 13 últimas partidas que disputou - neste recorte, só perdeu para o Bahia. Com as participações recentes, Veiga superou o ídolo Marcos para se isolar na 4ª posição do ranking de jogadores com mais partidas pelo Palmeiras em Libertadores, com 58 agora. E também está ao lado de Dudu, em 3º no ranking, entre os palmeirenses com mais vitórias na história da competição: são 38 até aqui.

– Nosso objetivo aqui sempre foi estar cada vez mais preparado para chegar ainda mais inteiro, com todo mundo pronto para o Mundial.