O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou que o Mundial de Clubes que começa no sábado marca uma “nova era” histórica para o esporte, comparando-o à primeira Copa do Mundo, realizada em 1930.
Em entrevista à agência AFP, o italiano também falou sobre os críticos da política de ingressos da Fifa e disse que os céticos que questionavam a necessidade do torneio mudariam rapidamente de ideia.
A competição de 32 equipes, com clubes de todos os continentes, começa com o Inter Miami enfrentando o egípcio Al Ahly no Hard Rock Stadium. “Isso dá início a uma nova era no futebol, uma nova era no futebol de clubes. Um pouco como quando, em 1930, a primeira Copa do Mundo, começou”, disse Infantino à AFP.
“Todo mundo hoje fala sobre a primeira Copa do Mundo. É por isso também que esta Copa do Mundo aqui é histórica”, acrescentou. O dirigente suíço destacou que o Mundial de Clubes daria a clubes de fora dos tradicionais centros do futebol a chance de jogar no cenário global.
“Queremos ser inclusivos. Queremos dar oportunidades a clubes de todo o mundo”, disse ele. “O objetivo é realmente globalizar o futebol, torná-lo verdadeiramente global. Porque, quando se olha superficialmente, dizemos que é o esporte número um do mundo, e é, mas a elite está muito concentrada em pouquíssimos clubes, em pouquíssimos países”, completou.
O presidente da Fifa afirmou que o torneio ofereceu oportunidades a jogadores de mais de 80 países, permitindo a inclusão de países que nunca teriam a chance de jogar uma Copa do Mundo.
Relatos de baixa procura por ingressos para os mesmos jogos levaram a críticas à política de ingressos da Fifa com "preços dinâmicos", cada vez mais comum nos Estados Unidos.
O torneio, que garantiu um acordo de transmissão global avaliado em US$ 1 bilhão, já era um sucesso econômico, enfatizou Infantino, ressaltando que todo o dinheiro gerado por acordos comerciais seria reinvestido no esporte.
Questionado sobre como avaliaria se o torneio havia sido um sucesso, Infantino disse que sentiria isso em seu "coração", mas se mostrou confiante.
O Mundial de Clubes também foi palco dos acirrados debates nos EUA sobre o controle imigratório, com jogos sendo realizados perto de Los Angeles e cenas de confrontos violentos entre manifestantes e agentes de imigração.
“A segurança, para mim e para nós, é uma prioridade máxima, sempre. Então, quando algo acontece, como em Los Angeles, estamos obviamente monitorando a situação, estamos em contato constante com as autoridades e queremos que os torcedores assistam aos jogos em um ambiente seguro”, disse ele.