Estados Unidos, 2025. Trinta e duas equipes disputam, da fase de grupos até a grande final, quem terá o privilégio de erguer o troféu, ser campeão e subir ao topo do mundo. A fórmula nem é tão novidade assim, mas o que acontece neste sábado (14) tem tudo para entrar para a história. Prazer, Mundial de Clubes . Organizado e chancelado pela Fifa, o novo torneio com os campeões continentais e os mais bem ranqueados times do planeta pega o modelo que tão certo deu na Copa do Mundo entre 1998 e 2022 para levar a outro universo. Aqui, entre 14 de junho e 13 de julho, os países dão lugar aos clubes, em um redesenho que a alta cúpula do esporte espera que funcione. Deixe no passado as finais entre europeus e sul-americanos, tão marcantes entre as décadas de 1960 e 2000. Ou o torneio apenas com os campeões de cada continente em uma sede distante. O que se espera ver a partir deste sábado, quando Al Ahly e Inter Miami fizerem a partida de abertura, é algo histórico. Ao menos no papel, tem tudo para ser grandioso. Gigantes europeus como Real Madrid , Bayern de Munique , Inter de Milão , Manchester City , Juventus e Chelsea estão na disputa. Os da América do Sul, liderados por quatro brasileiros ( Palmeiras , Flamengo , Fluminense e Botafogo ) e dois argentinos ( Boca Juniors e River Plate ), também se garantiram. Fora camisas tradicionais de toda parte do mundo: Al Ahly , Al Hilal , Wydad e outros. O que esperar de cada time? Quais serão as sedes? Os grupos As sedes Lincoln Financial Field, Filadélfia; Audi Field, Washington; Lumen Field, Seattle; Rose Bowl, Pasadena; TQL Stadium, Cincinnati; Bank of America Stadium, Charlotte; Mercedes-Benz Stadium, Atlanta; Hard Rock Stadium, Miami; Geodis Park, Nashville; Camping World Stadium, Orlando; Inter&Co Stadium, Orlando; MetLife Stadium, East Rutherford. Os favoritos Diferentemente dos outros formatos do Mundial, agora serão os europeus que chegarão à disputa após uma desgastante temporada, enquanto os times da América do Sul, normalmente prejudicados pelo calendário, ainda estão na metade. Mas nem isso tira o favoritismo de quem atravessou o Oceano Atlântico. Clubes como Real Madrid , Manchester City , Bayern de Munique , PSG e Chelsea são naturais favoritos ao título por terem tudo que um forte candidato ao título precisa: estrelas, técnicos, estrutura e dinheiro. Real Madrid, City e Chelsea, por exemplo, foram ao mercado e reforçaram times que já eram muito fortes. O PSG nem precisou ir às compras: só de manter o time recém-campeão da Uefa Champions League é um indicativo de que não está para brincadeira. Outros da Europa também chegam forte. Atlético de Madrid e Inter de Milão , por exemplo, podem entrar na disputa pelo título, embora não tenham a mesma gama de talento que os outros. Os brasileiros têm chance? Nenhum time sul-americano vence um Mundial desde o Corinthians de 2012. Desde que a fórmula anterior foi adotada, só mais dois ganharam além do Timão: o São Paulo de 2005 e o Internacional de 2006, zebras contra Liverpool e Barcelona na época. Só por isso, dizer que Palmeiras , Flamengo , Fluminense e Botafogo entram como favoritos é um exagero. Se já era difícil ganhar um jogo de um europeu (ou às vezes de uma surpresa oriunda da África ou América do Norte), quem dirá passar por uma fase de grupos e todo um mata-mata até chegar ao troféu? Dito isso, há esperança de boas campanhas. O Palmeiras investiu como nunca antes em contratações, o Flamengo tem um elenco mais valioso das Américas e o Botafogo foi até a Europa buscar peças para competir. Dos quatro, o Fluminense é quem chega de maneira mais modesta, embora esteja no grupo supostamente mais acessível. A premiação A Fifa anunciou a distribuição de US$ 1 bilhão (R$ 5,59 bilhões) para todos os participantes do Mundial. Tal prêmio é dividido entre valores fixos, de acordo com os continentes, e os variáveis, referentes ao com o desempenho dos times na competição. Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo embolsarão US$ 15,21 milhões (R$ 85 milhões) só para disputar o Mundial. Tal soma é inferior apenas aos principais times da Europa, que podem ganhar até US$ 38,19 milhões (R$ 213,6 milhões) . Times da América do Norte e Central, Ásia, África e Oceania estão abaixo. Mas o bolo pode aumentar consideravelmente em caso de boa campanha. A Fifa pagará US$ 2 milhões (R$ 11,2 milhões) a cada vitória e US$ 1 milhão (R$ 5,59 milhões) por empate na fase de grupos. A partir da fase final, os prêmios são turbinados. O campeão, por exemplo, receberá um cheque de US$ 40 milhões (R$ 223,7 milhões) . Isso significa que, se algum dos brasileiros conseguir uma campanha perfeita, vai embolsar até US$ 102,835 milhões (R$ 575,2 milhões) .